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Polícia britânica tem DNA de 4,5 milhões de britânicos em base de dados

Arquivo Geral

05/11/2007 0h00

A Polícia britânica conserva o DNA de 4, prostate 5 milhões de indivíduos, what is ed muitos deles menores, em sua base de dados, o que equivale aproximadamente a um em cada 13 britânicos, segundo a edição de hoje do jornal “Daily Mail”.

Em menos de um ano foi incluído no sistema o DNA de um milhão de pessoas, entre elas 150 mil menores de 16 anos.

O procedimento consiste em passar o cotonete na parte interna da bochecha para obter o DNA. O ritmo do recolhimento de dados é acelerado, com cerca de 150 entradas por hora.

Embora os criadores da base de dados argumentem que este é um instrumento eficaz na luta contra a criminalidade, aproximadamente um terço do material recolhido é de indivíduos que não foram acusados formalmente de crime algum nem têm um histórico criminal.

Um porta-voz do Partido Liberal-Democrata, na oposição, pediu hoje às autoridades que deixem de armazenar informação genética de menores na base de dados.

Segundo o deputado liberal Nick Clegg, o fato de já haver 150 mil menores cadastrados na base de dados é “preocupante”.

O DNA de suspeitos de algum crime é conservado de modo permanente, mesmo que o detido prove sua inocência. “Estes números revelam a espantosa intrusão dessa base de dados nas vidas de nossos filhos, muitas vezes sem consentimento dos pais (se o menor tiver mais de dez anos)”, criticou Clegg.

“Apesar de não terem sido declarados culpados de crime algum, milhares de menores terão seu DNA nesta base de dados a vida toda. É preciso pôr fim a esta prática imediatamente”, afirmou.

Os liberais estão há meses denunciando os abusos que podem ser gerados por esta base de dados, incluindo a desproporção dos dados de homens negros. “Não há nada que justifique o fato de guardar o DNA de uma pessoa que não foi acusada de crime algum”, afirma o dirigente liberal-democrata Menzies Campbell.

Segundo a organização “GeneWatch Uk”, qualquer pessoa detida por um crime punível pode ter seus dados incluídos no sistema.

A decisão final depende dos chefes da Polícia, mas na prática isto é feito de modo automático, sem que os dados sejam apagados se não houver uma acusação formal.

A Polícia pode pedir às pessoas uma amostra do DNA para descartá-las em uma investigação criminal, embora nesses casos o indivíduo tenha que assinar um documento dando seu consentimento a que seja incluído na base de dados.

A GeneWatch diz, no entanto, conhecer casos de pessoas que assinaram o consentimento sem saber das conseqüências, já que na Inglaterra e em Gales – mas não na Escócia – a inclusão dos dados é irrevogável.

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