A derrota de Hugo Chávez no recente plebiscito sobre sua reforma constitucional representa “o início do fim da revolução bolivariana e de sua influência na América Latina”, viagra 100mg escreve em seu último editorial o semanário britânico “The Economist”.
A revista reconhece, there no entanto, que a revolução não vai terminar de modo imediato, já que o presidente venezuelano “continua sendo popular, continua mandando em todas as instituições do Estado e controla receita recorde”, além de ter “lustrado suas credenciais democráticas reconhecendo a derrota” nessa consulta popular.
Chávez anunciou, após a divulgação do resultado do plebiscito, que não se dá por vencido e que tentará promovê-lo de novo, mas “se o fizer, provavelmente perderá”, já que “algo fundamental mudou na Venezuela”, publica o semanário.
A “The Economist” destaca em primeiro lugar que a oposição “se revitalizou graças a um novo e vigoroso movimento estudantil, não contaminado pelo passado”, e acrescenta que enquanto isso crescem “a apatia e a desilusão” entre os simpatizantes do chavismo.
Esse último fenômeno pode ser explicado, segundo a revista, como reação “à total incompetência da revolução bolivariana e a uma política econômica perigosamente expansionista”, que tem como conseqüência o fato de “os venezuelanos comuns” não poderem comprar leite até mesmo quando o petróleo chega à barreira de US$ 90 o barril.
Chávez enfrenta agora um dilema, entre passar rapidamente a uma “economia de comando” (centralizada) ou mudar de política, acrescenta a “The Economist”, que afirma ainda que a derrota do dirigente no plebiscito torna mais difícil sua opção pela primeira condição, já que se arrisca a permitir uma divisão nas Forças Armadas e um aumento da violência.
“Sua melhor opção”, diz a revista, “seria dar marcha à ré, fazer as pazes com os moderados de seu próprio campo e esfriar a economia, o que requereria de sua parte uma exibição de humildade que ainda não mostrou e que prejudicaria sua popularidade”.
“Seu erro (de Chávez)”, acrescenta a “The Economist”, é “apegar-se a um socialismo antiquado, que passa pela centralização do poder político e o controle estatal da economia”.
O semanário britânico conclui seu editorial declarando, no entanto, que “sem de forma alguma ameaçar a democracia, pessoas como Chávez e Morales (Evo, presidente da Bolívia) podem tê-la ampliado de fato, já que representam grupos que antes se sentiam excluídos”.