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Mundo

Países denunciam à ONU a magnitude das violações dos direitos humanos no Irã

Um pequeno grupo de nações, incluindo Rússia, China, Cuba e Venezuela, mostraram o seu apoio à República Islâmica

Redação Jornal de Brasília

18/03/2024 11h45

Foto: AFP

Vários países denunciaram nesta segunda-feira (18) à ONU a extensão das violações dos direitos humanos no Irã, especialmente o aumento das sentenças de morte e execuções.

Um pequeno grupo de nações, incluindo Rússia, China, Cuba e Venezuela, mostraram o seu apoio à República Islâmica, em uma reunião do Conselho dos Direitos Humanos.

“Estou muito preocupado com as execuções em curso e com o aumento das penas de morte […]. Pelo menos 834 pessoas foram executadas em 2023, ou seja, um aumento de 43% em relação a 2022”, afirmou o relator especial Javaid Rehman, no início das sessões sobre o Irã.

O embaixador francês na instituição, Jérôme Bonnafont, especificou que “16 das 24 mulheres executadas no mundo em 2022 foram no Irã e pelo menos 22 mulheres foram executadas no Irã em 2023, o número mais alto desde 2013”.

Além de denunciar atos de tortura e violência sexual para forçar confissões, a embaixadora dos Estados Unidos, Michèle Taylor, apontou os maus-tratos às vozes críticas na República Islâmica.

O Irã “continua intimidando, maltratando e prendendo ativistas de direitos humanos, jornalistas, advogados, membros de minorias religiosas, personalidades culturais e dissidentes políticos”, afirmou, concordando com outras delegações, como as da União Europeia, do Reino Unido e da Argentina.

Perante estas duras críticas, a representante iraniana, Somayeh Karimdoost, disse estar “profundamente preocupada com a linguagem inflamatória e provocativa” usada pela delegação dos Estados Unidos.

No seu discurso de resposta ao discurso do relator especial, Karimdoost afirmou que o seu “relatório não era fatual nem profissional, muito menos justo e equilibrado”.

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