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Oposição venezuelana convoca novos protestos para janeiro

“Vamos assumir juntos o compromisso de fazer valer esse mandato em 2025”, afirmou por sua vez González Urrutia, exilado na Espanha após ter sido alvo de um mandado de prisão

Redação Jornal de Brasília

31/12/2024 16h15

maria corina

Foto: FEDERICO PARRA / AFP

Os opositores venezuelanos María Corina Machado e Edmundo González Urrutia convocaram, nesta terça-feira (31), protestos de rua para janeiro, quando está prevista a posse de Nicolás Maduro para um terceiro mandato presidencial, após sua questionada reeleição.

“Está muito perto o momento de nos encontrarmos novamente nas ruas da Venezuela para cobrar a vitória”, disse Machado, que denuncia como fraude a reeleição de Maduro e reivindica um triunfo de González Urrutia nas eleições presidenciais de 28 de julho.

“Preparem-se, nos vemos nas ruas em janeiro”, acrescentou a líder, que se encontra na clandestinidade, sem dar detalhes sobre as mobilizações que está planejando.

“Vamos assumir juntos o compromisso de fazer valer esse mandato em 2025”, afirmou por sua vez González Urrutia, exilado na Espanha após ter sido alvo de um mandado de prisão.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro vencedor para um terceiro mandato consecutivo (2025-2031), mas sem divulgar os resultados detalhados, como exige a lei. A oposição publicou em um site cópias de atas eleitorais com as quais reivindica vitória, porém o governo rejeita tais documentos.

A posse está marcada para o dia 10 de janeiro.

Os protestos que eclodiram após as eleições deixaram 28 mortos e cerca de 200 feridos, além de mais de 2.400 detidos, embora cerca de 1.400 tenham sido libertados condicionalmente. A resposta às convocações da oposição para manifestações se enfraqueceu após a onda de prisões.

Na segunda-feira, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, renovou seu apoio a González Urrutia, reconhecido por Washington como presidente eleito, e a Machado.

Em uma conversa entre Blinken e ambos os opositores, informou o Departamento de Estado, “foi reafirmado o compromisso dos Estados Unidos de apoiar a vontade do povo venezuelano expressa nas urnas, a restauração pacífica da democracia na Venezuela e a libertação de todos os presos políticos detidos injustamente”.

A Venezuela “não aceita lições nem pressões de ninguém”, respondeu o chanceler Yván Gil.

Assim como os Estados Unidos, a União Europeia e vários países da América Latina não reconhecem a reeleição de Maduro, que se mantém no poder desde 2013.

© Agence France-Presse

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