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Operação ao redor de principal hospital de Gaza já totaliza 140 mortos, diz Israel

A Cidade de Gaza foi um dos primeiros alvos de Tel Aviv após o início da guerra, que começou após o Hamas atacar o sul de Israel

Redação Jornal de Brasília

21/03/2024 16h43

Palestinians inspect the rubble of destroyed houses and buildings in Rafah in the southern Gaza Strip on December 18, 2023, amid continuing battles between Israel and the militant group Hamas. (Photo by MOHAMMED ABED / AFP)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O Exército de Israel anunciou nesta quinta-feira (21) ter matado mais 50 pessoas no hospital Al-Shifa, um dos principais da Faixa de Gaza, e em seus arredores nas últimas 24 horas. Isso eleva a 140 a cifra de óbitos desde o início da operação no local, na segunda-feira (18).

Tel Aviv diz que os mortos eram todos terroristas, repisando a acusação de que o hospital é usado como centro de comando e controle do Hamas. Foi o mesmo argumento com que justificou sua primeira e controversa invasão ao centro médico, em novembro.

O Hamas, por sua vez, nega que o local abrigue militantes do grupo, e afirma que os mortos na operação desta semana eram pacientes feridos e palestinos deslocados que viviam ao redor do complexo hospitalar.

Localizado na Cidade de Gaza, maior cidade da faixa, o Shifa era uma das poucas instalações de saúde que seguiam operando, ainda que parcialmente, no norte da faixa desde o início da guerra. Quase todas as outras colapsaram por escassez de suprimentos e falta de condições de trabalho devido aos combates frequentes.

À agência de notícias Reuters, moradores locais disseram que os militares estavam agora explodindo casas próximas do hospital. Rabah, pai de cinco, disse que a área virou uma zona de guerra, com os residentes trancados em suas casas enquanto as ruas servem de palco para os combates.

Vídeos divulgados pelo Hamas exibem membros da facção disparando contra tanques israelenses em avenidas reduzidas a destroços.

Assim como em novembro, Israel afirmou ter encontrado infraestrutura e armamentos dentro e ao redor das instalações de saúde, e exibiu imagens de metralhadoras automáticas AK-47, granadas propelidas por foguetes, morteiros e outros itens de artilharia.

O porta-voz do Exército do país, o contra-almirante Daniel Hagari, declarou que tanto integrantes do Hamas e quanto de outra facção, o Jihad Islâmica, estavam se escondendo dentro do hospital. Não está clara a motivação para o retorno das forças a um local que eles já tinham invadido.

A Cidade de Gaza foi um dos primeiros alvos de Tel Aviv após o início da guerra, que começou após o Hamas atacar o sul de Israel em 7 de outubro do ano passado, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando 250. A retaliação israelense, por sua vez, matou ao menos 31.988 e feriu outras 74.188, segundo as autoridades de Gaza, ligadas ao Hamas.

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