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Mundo

Opep quer que Copenhague considere os interesses de produtores de petróleo

Arquivo Geral

07/12/2009 0h00

O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Abdala Salem El-Badri, considera “essencial” que Copenhague leve em conta os interesses dos países exportadores de petróleo, dispostos a contribuir para minimizar a mudança climática se recebem ajuda financeira das nações desenvolvidas.

Em declarações à Agência Efe, Badri, que representará como observador à Opep na Cúpula da ONU sobre a Mudança Climática (COP15), afirmou hoje que os hidrocarbonetos serão ainda muito necessários nos próximos anos.

“Os países da Opep desempenham um papel essencial em satisfazer as necessidades energéticas do mundo, e não estamos a sós em nossa certeza que os combustíveis fósseis seguirão sendo a principal fonte de energia no futuro previsível”, ressaltou o diretor líbio.

“Enquanto as vendas de petróleo permanecem como a principal fonte de receita para muitos dos países-membros da Opep, é essencial que também se levem em consideração nossos amplos interesses no longo prazo”, acrescentou.

Os 12 membros da organização, que hoje controla cerca de 40% da produção mundial de “ouro negro” e dois terços das exportações petrolíferas do planeta, são signatários do Protocolo de Kioto, e esperam que um sucessor desse documento seja “justo” e se baseie nos passos dados até agora pela comunidade internacional.

“É importante que qualquer acordo que se alcance em Copenhague seja equilibrado, inclusive, justo e equitativo”, disse o secretário-geral.

E é “também imperativo que seja construído sobre o que foi construído até agora – a convenção marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC) e o Protocolo de Kioto”, documentos que definem claramente as responsabilidades comuns, mas diversas, dos países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Entre as responsabilidades, ressaltou as “garantias para que os países desenvolvidos forneçam assistência financeira e tecnologia aos países em desenvolvimento para que possam enfrentar à mudança climática”.

Afirmou que a Opep comemora as iniciativas que limitem as emissões de gases do efeito estufa e seus membros estão dispostos a contribuir para aliviar a mudança climática, mas insistiu na necessidade do apoio dos países ricos.

“Acreditamos que os países em desenvolvimento podem ajudar nos esforços de aliviar”, mas para isso precisam estar “capacitados e com recursos suficientes para investirem em transferência tecnológica”, insistiu Badri.

De fato, nos últimos anos, alguns membros da Opep empreenderam voluntariamente uma série de projetos para abordar a mudança climática, afirmou.

No entanto, “dadas às responsabilidades históricas com relação ao estado da atmosfera da Terra, e tendo a capacidade financeira e tecnológica, os países desenvolvidos deveriam assumir a liderança nesses esforços”, concluiu o secretário-geral da Opep.

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