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ONU: 34 voluntários morreram e 76 foram seqüestrados este ano no Afeganistão

Arquivo Geral

29/10/2007 0h00

A ONU advertiu hoje que seu trabalho humanitário antes do inverno no Afeganistão está ficando prejudicado devido à falta de segurança, cheapest após revelar que 34 voluntários morreram e 76 foram seqüestrados este ano por grupos insurgentes ou criminosos.

“Estes ataques são uma violação clara do direito humanitário internacional e têm que acabar”, afirmou em entrevista coletiva em Cabul o representante do secretário-geral da ONU no Afeganistão, Tom Koenigs.

As Nações Unidas vêem com preocupação o aumento da violência no país, onde 55 comboios humanitários foram atacados este ano, contra cinco em 2006. Segundo Koenigs, 45 escritórios da ONU no país também sofreram ataques.

“Os responsáveis destes ataques estão empurrando as pessoas mais vulneráveis para fora de nossa alcance”, advertiu.

Ele pediu aos talibãs que garantam uma passagem segura para os comboios de comida destinados às famílias necessitadas.

Segundo dados do Programa das Nações Unidas para a Alimentação, 4 milhões de afegãos vivem na extrema pobreza e 400 mil sofreram transtornos devido a desastres naturais, enquanto há 37 distritos aos quais os recursos do organismo internacional não podem chegar devido à insegurança.

“As próximas seis semanas serão cruciais para nossos esforços humanitários. As agências da ONU já estão trabalhando para alcançar as famílias que precisam de nossa ajuda, mas a falta de segurança continua complicando este trabalho”, explicou Koenigs.

“Precisamos que todas as partes reconheçam que as necessidades humanitárias do povo afegão estão acima das lutas e da política”, disse.

Os seqüestros de voluntários por talibãs e quadrilhas criminosas aumentaram notavelmente este ano.

Embora a maioria das vezes os seqüestradores soltem os reféns em troca de uma recompensa ou quando suas exigências são cumpridas, às vezes alguns reféns são executados.

O maior seqüestro deste ano ocorreu em junho, quando 23 voluntários sul-coreanos foram feitos reféns. Dois deles foram executados pelos talibãs, e os outros foram libertados um mês e meio depois.

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