Em declarações à imprensa após uma reunião com o primeiro-ministro turco, Recep Tayipp Erdogan, o líder americano não quis comprometer-se falando sobre a possibilidade de utilizar o excedente do programa, de um total de US$ 700 bilhões, para a criação de empregos. Obama disse apenas que abordará a questão no discurso sobre a economia que deve pronunciar amanhã.
O presidente afirmou que o programa “custou finalmente bastante menos” do que pensavam, “mas não ficou barato”.
“Isso quer dizer que uma parte desse dinheiro poderia ser destinada à redução do déficit”, disse.
O Governo calcula que, este ano, o déficit fiscal chegará a US$ 1,5 trilhão.
Obama também afirmou que os fundos restantes “poderiam, por exemplo, ser destinados às pequenas empresas, se forem utilizados para acelerar o crescimento do emprego”.
O Departamento do Tesouro cifrou o custo do programa em US$ 341 bilhões em agosto para o Governo. Um novo relatório, que deve ser apresentado na quarta-feira, poderia reduzir esse custo em US$ 200 bilhões.
O programa teve o objetivo de ajudar os bancos que atravessavam dificuldades durante a pior fase da crise financeira, que teve início há 14 meses.
O novo cálculo leva em conta as devoluções dos fundos públicos mais rápido que o esperado por parte dos grandes bancos, além de desembolsos federais menores devido ao fato de que as entidades financeiras se recuperaram antes do previsto.