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Novo ‘corte total’ de comunicações com Gaza por falta de combustível, diz agência da ONU

“Gaza sofre novamente um corte total de comunicações, porque não há combustível”, acrescentou ele, após informar os países-membros da ONU sobre a situação em Gaza

Redação Jornal de Brasília

16/11/2023 17h05

Foto: Israeli Army / AFP

O diretor da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, relatou, nesta quinta-feira (16), um novo “corte total” das comunicações com a Faixa de Gaza devido à falta de combustível e denunciou uma “tentativa deliberada de paralisar” suas operações.

“Acredito que há uma tentativa deliberada de estrangular nossa operação e paralisar a da UNRWA”, declarou Lazzarini, em uma coletiva de imprensa em Genebra, sobre o cerco imposto por Israel ao território palestino.

“Gaza sofre novamente um corte total de comunicações, porque não há combustível”, acrescentou ele, após informar os países-membros da ONU sobre a situação em Gaza.

A empresa palestina de telecomunicações Paltel anunciou, na rede social X, que “todos os serviços de telecomunicações na Faixa de Gaza estão parados, porque todas as fontes de energia que alimentam a rede se esgotaram, e a entrada de combustível está proibida” no território palestino.

A guerra entre Israel e o Hamas foi deflagrada pelo ataque do movimento palestino ao território israelense em 7 de outubro, onde cerca de 1.200 pessoas foram mortas, e cerca de 240 feitas reféns, segundo as autoridades.

Em represália, Israel bombardeia sem cessar a Faixa de Gaza, que está sob cerco total. Os bombardeios israelenses deixaram 11.500 mortos, incluindo 4.710 crianças, segundo o governo do Hamas.

As autoridades israelenses consideram que o combustível é um produto com alto risco de duplo uso – civil e militar -, podendo beneficiar o Hamas.

Israel impede sua entrada na Faixa de Gaza, embora, na quarta-feira (15), tenha permitido a passagem de um caminhão-tanque de 23.000 litros para uso estritamente regulado.

“Não há mais combustível disponível, ou pelo menos alcançável, para a UNRWA”, advertiu Lazzarini, lembrando que, na última vez que as comunicações foram completamente cortadas, há algumas semanas, vários armazéns de ajuda humanitária foram saqueados por uma população em desespero.

© Agence France-Presse

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