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Norte-americanos têm cada vez menos amigos, mostra pesquisa

Arquivo Geral

23/06/2006 0h00

Os norte-americanos levam uma vida social bem mais isolada hoje do que há 20 anos, shop discount devido ao trabalho, website like this aos longos períodos gastos no carro e à vida de solteiro, help afirmaram pesquisadores na sexta- feira.

Quase um quarto dos entrevistados disse não ter nenhum amigo íntimo com quem pudesse discutir problemas pessoais. Mais de 50% afirmaram ter no máximo dois confidentes, na maioria das vezes familiares imediatos, disseram os pesquisadores.

"Trata-se de uma grande mudança social, e indica algo que não é bom para nossa sociedade", disse a professora Lynn Smith-Lovin, da Universidade de Duke, principal autora do estudo, que ser á publicado na American Sociological Review.

O grupo de Smith-Lovin utilizou dados coletados por uma pesquisa nacional com 1.500 adultos norte-americanos, em andamento desde 1972. Segundo ela, os dados indicam que as pessoas tiveram uma redução surpreendente no número de amigos íntimos desde 1985. Naquela época, a maioria dos norte-americanos dizia ter em média três amigos que conheciam por muito tempo, a quem viam com freqüência e com quem tinham interesses em comum.

Um número quase igual afirmava ter quatro ou cinco amigos, e os relacionamentos originavam-se nos bairros ou comunidades.

"Uma rede de amizades cria um sistema de apoio social que faz bem para a sociedade e para o indivíduo", disse Smith-Lovin. Pesquisas já ligaram o apoio social e a atuação cívica a uma vida mais longa, afirmou ela.

Não se perguntou às pessoas por que elas têm menos amigos, mas Smith Lovin afirmou que entre os motivos pode estar o fato de os americanos estarem trabalhando mais, casando-se mais tarde, tendo menos filhos e percorrendo grandes distâncias para chegar ao local de trabalho.

Os dados mostram que o isolamento social acompanha outras divisões de classe: pessoas que não sejam brancas ou que tenham menor nível de escolaridade tendem a ter redes de amizade menores do que os norte-americanos brancos e de alto nível de escolaridade.

Isso significa que, no dia-a-dia, em emergências pessoais ou no caso de desastres nacionais como a passagem do furacão Katrina, as pessoa s que têm menos recursos também têm menos amigos pessoais para socorrê-las.

"Uma coisa é conhecer alguém e trocar emails com a pessoa. Outra coisa é dizer: Você pode me dar uma carona para fugir da cidade com tudo o que tenho mais os animais de estimação? E eu posso ficar na sua casa por dois ou três meses?", disse Smith-Lovin. "Preocupar-se com o isolamento social não é uma questão de nostalgia em relação a um passado amistoso e cheio de afeição. Há coisas reais fortemente relacionadas a isso", afirmou o professor de políticas públicas da Universidade Harvard Robert Putnam, autor de "Bowling Alone" (Jogando Boliche Sozinho), um livro sobre a decadência da comunidade norte-americana.

Ele sugeriu que horários de trabalho flexíveis talvez permitissem que os americanos cuidassem tanto da vida pessoal quanto da profissional.

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