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‘Não ameace nossa soberania’, diz Petro a Trump, sobre possível ataque

Petro reage a Trump e alerta que ataque à Colômbia seria “declaração de guerra”

Redação Jornal de Brasília

02/12/2025 19h42

Foto: Luis acosta/AFP

Foto: Luis acosta/AFP

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu nesta terça-feira (2) que os Estados Unidos respeitem a soberania de seu país, ao responder a uma declaração de Donald Trump, que não descartou um ataque ao território colombiano para conter o narcotráfico.

“Não ameace a nossa soberania, porque vocês vão despertar a onça. Atacar a nossa soberania é declarar guerra, não prejudica dois séculos de relações diplomáticas”, publicou no X o presidente esquerdista, em meio a uma crise entre Bogotá e Washington.

Trump afirmou, mais cedo, que qualquer país que produza cocaína e venda a droga para os Estados Unidos é “suscetível a ser atacado”.

A Colômbia “está fabricando cocaína, tem instalações de fabricação de cocaína e nos vendemos cocaína, o que agradecemos muitíssimo”, ironizou o americano. “Qualquer um que faça isso e venda em nosso país é suscetível de ser atacado. Não apenas na Venezuela.”

O primeiro presidente da esquerda da história da Colômbia criticou a operação militar ordenada pelos Estados Unidos em águas próximas e classificou as mortes ocorridas como “execuções extrajudiciais”. Trump, por sua vez, acusa Petro de não fazer o suficiente contra o narcotráfico.

O presidente americano impôs avaliações à Petro e retirou a Colômbia da lista de países aliados na luta contra as drogas. Já o colombiano acusa seu par de interferir na política interna, influenciar as eleições presidenciais de 2026, para tirar a esquerda do poder, e ignorar os esforços da Colômbia para combater o narcotráfico.

“Já me caluniou, não continue por aí. Se algum país ajudou a deter milhares de toneladas de cocaína para que os americanos não a consumissem, esse país foi a Colômbia”, afirmou Petro, que é mais próximo do presidente venezuelano do que de Trump e se opõe a uma possível invasão de Caracas por governos estrangeiros.

AFP

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