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Morre a única sobrevivente de desabamento de hotel na Argentina

A idosa estava com seu marido, Federico César Ciocchini, de 84 anos. Ele foi encontrado morto entre os escombros. Outras sete pessoas morreram

Redação Jornal de Brasília

28/11/2024 18h38

argentina

Foto: Reprodução

BELO HORIZONTE, MG E SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

María Josefa Bonazza, de 79 anos, morreu nesta quinta-feira (28) em Balcarce, na Argentina. Ela havia sido a única sobrevivente após o desabamento do hotel Dubrovnik, que ocorreu há um mês, em 29 de outubro. A informação é do jornal argentino La Nacion.

María foi resgatada com vida após ficar 10 horas presa aos escombros. Ela estava no imóvel ao lado do hotel, que foi atingido quando a estrutura colapsou. Um vídeo registrou a ação de salvamento:

A idosa estava com seu marido, Federico César Ciocchini, de 84 anos. Ele foi encontrado morto entre os escombros. Outras sete pessoas morreram.

Após ser resgatada, María foi levada para o Hospital Municipal de Villa Gesell e, depois, levada de helicóptero para o Hospital Interzonal General de Agudos, em Mar del Plata. Seu quadro não era grave, mas ela apresentava lesões ósseas nas extremidades superiores, além de politraumatismos.

A mulher se recuperou e, quando estava fora de perigo, foi transferida para o Hospital Municipal de Balcarce. Lá, ela deu entrevistas para a mídia argentina.

Em entrevista à rádio Sudestada, ela disse que utilizou a experiência que teve na ioga para se manter calma. Também tentou dar sinais de vida, utilizando código Morse. María disse que a todo momento estava lúcida, “embora presa e incapaz de se mover”.

María chegou a receber alta e ir para casa, mas voltou ao hospital há duas semanas. Ela precisou ser internada na CTI devido a uma alteração que preocupou os médicos. A família de María Josefa Bonazza confirmou ao La Nacion a morte.

Desabamento foi na cidade costeira de Villa Gesell, na província de Buenos Aires, a 350 quilômetros da capital. Parte do prédio de 10 andares veio abaixo e atingiu um imóvel vizinho.

A ala do hotel Dubrovnik que desabou estava em obras. Em agosto deste ano, o município já havia interrompido a reforma no local. O profissional que ordenou a obra e o encarregado de executá-la, além de dois pedreiros e seus auxiliares, são acusados do crime de dano intencional agravado por morte. Não há ninguém preso no momento.

Havia autorização para uma obra no prédio, mas não na parte que ruiu. Prefeito ressaltou que foi permitida a construção de um elevador na parte frontal do edifício e que não tinha comunicação com a torre: “Há autorização para mudar de piso, para não mexer na estrutura”, observou.

Além de María e do marido, outras sete pessoas morreram. São elas Rosa Stefanic (ex-proprietária do hotel), Nahuel Stefanic (sobrinho de Rosa), Dana Desimone, além dos operários Mariano Troiano, Ezequiel Matu, Matías Chaspman e Fabián Gutiérrez.

Hotel ficava a dois quarteirões da praia e tinha quartos para até cinco pessoas. Segundo o site do Dubrovnik, a instalação começou a ser construída em 1986 por um casal de croatas que encontraram na Villa Gesell “um lugar que fazia com que eles lembrassem do próprio país”.

Local foi vendido a uma empresa hoteleira. Segundo o site Infobae, os filhos dos criadores do hotel entregaram a administração do local a uma Sociedade Anônima “recentemente”. Esta sociedade seria a responsável por solicitar obras de renovação no local.

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