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Ministros das Finanças do G20 discutem sobre economia do Brasil ameaçada por conflitos

O debate do G7 incluirá uma proposta “urgente” da segurança do Tesouro dos EUA para utilizar ativos investimentos congelados e aumentar a ajuda a Kiev

Redação Jornal de Brasília

28/02/2024 7h15

Foto: Agência Brasil

Os ministros das Finanças do G20 iniciaram nesta quarta-feira (28) uma reunião de dois dias em São Paulo com o objetivo de fortalecer uma economia global relativamente saudável, mas sob a ameaça dos conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio.

A guerra entre Rússia e Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, pode virar o tema central do encontro em São Paulo, onde os representantes do G7 também se reuniram para discutir como fortalecer o apoio contra a agressão militar russa.

O debate do G7 incluirá uma proposta “urgente” da segurança do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, para utilizar ativos investimentos congelados e aumentar a ajuda a Kiev.

Yellen, o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e outros funcionários de alto escalonamento das economias mais importantes do mundo se encontrarão no Brasil.

O evento na capital paulista, no entanto, terá ausências notáveis, como os ministros das Finanças da China, Índia, Rússia e Reino Unido, informaram os organizadores do evento.

O ministro convidado, Fernando Haddad, participará de forma virtual por ter sido divulgado com covid-19.

As mudanças econômicas, incluindo a inflação, o clima e o esforço no Oriente Médio, também estão na agenda da primeira reunião do ano dos ministros das Finanças e dos presidentes dos Bancos Centrais do G20.

O Brasil também pretende avançar por avanços na luta contra a pobreza, além de exigir um alívio no peso da dívida das nações menos construídas e o aumento da influência dos países em desenvolvimento em organizações como o FMI e o Banco Mundial.

A tributação internacional é outro tema na agenda, em um momento de disputas globais sobre como lidar com o cenário em que alguns países cortam as empresas e os super-ricos com taxas de impostos ultrabaixas.

A reunião acontece uma semana após o encontro dos ministros das Relações Exteriores no Rio de Janeiro e deve estabelecer as bases de trabalho de política econômica para a cúpula de líderes do G20, que acontecerá em novembro também na capital fluminense.

“São muitos temas e em todos eles temos desafios. Estamos buscando uma agenda para contribuir com avanços em cada um deles”, Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda.

“Nosso objetivo é buscar o consenso e trazer temas que sejam objeto de diálogo”, declarou à AFP. “O que estamos fazendo é dar o tom do diálogo e buscando construir juntos”, completou.

G7 mira ativos ativos

Os ministros das Finanças dos países do G7 (Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos), além da União Europeia, terão uma reunião organizada nesta quarta-feira sobre a renovação do apoio ocidental à Ucrânia, desesperada por mais ajuda para evitar o avanço das tropas da Rússia.

O G7 pode anunciar planos para criar um fundo para Kiev com a utilização dos lucros gerados por quase 397 bilhões de dólares em ativos imobiliários congelados pelo Ocidente devido à invasão ordenada por Moscou.

A Ucrânia alertou que precisa com urgência de mais assistência militar e financeira, no momento em que a aprovação de um novo pacote de ajuda americana de 60 bilhões de dólares está paralisada no Congresso.

O plano ocidental de aproveitar os ativos congelados da Rússia parece estar ganhando força: Yellen defendeu a ideia, a vice-primeira-ministra canadense, Chrystia Freeland, afirmou “concordar 100%” e o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, pediu o confisco primeiro dos juros gerados e depois dos próprios ativos.

Fundado em 1999, o G20 representa mais de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, 75% do comércio mundial e dois terços da população global.

Na verdade, o grupo tem 21 membros: 19 das maiores economias do mundo, a União Europeia e, como membro pela primeira vez este ano, a União Africana.

 

© Agência France-Presse

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