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Meio de comunicação russo diz ter identificado 95.000 soldados russos mortos na Ucrânia

Essas identidades, muitas vezes acompanhadas de uma foto, foram reunidas em um site

Redação Jornal de Brasília

25/02/2025 10h01

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Foto: AFP

O meio de comunicação independente russo Mediazona disse ter identificado, em colaboração com a BBC, 95.000 soldados russos mortos na Ucrânia usando dados de fonte aberta, que o Kremlin não comentou nem negou nesta terça-feira (25).

Um novo infográfico detalhado, divulgado na segunda-feira para marcar o terceiro aniversário da ofensiva na Ucrânia, identifica dezenas de milhares de soldados russos, fornecendo seu nome, data de nascimento, data de morte, unidade e região de origem.

Essas identidades, muitas vezes acompanhadas de uma foto, foram reunidas em um site (https://200.zona.media/) para formar uma reprodução da obra “A Apoteose da Guerra”, uma pintura do artista russo Vassili Verechtchaguine que mostra uma pirâmide de crânios humanos.

Famosa na Rússia, a obra está em exposição na famosa Galeria Tretyakov, em Moscou. O site permite que você classifique os falecidos por região de origem, posto militar e unidade, ou até mesmo pesquise uma pessoa específica.

Mediazona, um site fundado por Pyotr Verzilov, um oposicionista russo que lutou do lado ucraniano e que também foi cofundador do grupo de rock contrário a Putin, o Pussy Riot, enfatiza que o balanço não é exaustivo, estimando que cerca de 165.000 militares russos podem ter morrido em três anos.

A Mediazona está trabalhando nesse projeto com o serviço russo da BBC e publica regularmente um balanço atualizado à medida que mais mortos são identificados.

Questionado pela AFP em uma coletiva de imprensa telefônica regular, o porta-voz do Kremlin não comentou sobre esse trabalho de pesquisa ou sobre o número de mortos resultante, dizendo que não tinha conhecimento disso. No entanto, ele também não negou o fato.

“Não sei o que é essa publicação, ou se o que ela publicou é verdade ou não”, disse Dmitri Peskov.

bur/alf/mab/zm/dd

© Agence France-Presse

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