Um novo vírus mortal, o coronavírus, que já vitimou milhares de pessoas e ainda não há cura ou vacina, já está sendo estudado para criar um antídoto. Diferentemente de surtos anteriores, que demoraram anos para serem desenvolvidas vacinas, a pesquisa para o novo vírus começou horas após sua identificação.
O código genético foi divulgado rapidamente e isso permitiu, segundo a BBC, que cientistas conseguissem determinar de onde veio o vírus e como ele pode sofrer mutações.
No laboratório da Inovio em San Diego, cientistas estão usando um tipo relativamente novo de tecnologia de DNA para desenvolver uma potencial vacina. Ela é chamada atualmente de “INO-4800” — e há planos para iniciar testes em humanos já no início de junho.
Segundo a vice-presidente sênior de pesquisa e desenvolvimento da empresa, “depois que a China forneceu a sequência de DNA desse vírus, conseguimos colocá-lo na tecnologia de computador do nosso laboratório e projetar uma vacina em até três horas”.
“Nossas vacinas são inovadoras porque usam sequências de DNA do vírus para atingir partes específicas do patógeno contra as quais acreditamos que o corpo terá a resposta mais forte”, diz Broderick.
Cientistas esperam ter uma vacina pronta para testar em humanos no início de junho. A Inovio diz que, se os testes iniciais em humanos forem bem-sucedidos, serão realizados testes maiores, idealmente em um cenário de surto na China “até o final do ano”.