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Mundo

Jornal de irmão de Khamenei é fechado por autoridades do Irã

Arquivo Geral

09/12/2009 0h00

As autoridades iranianas fecharam o diário reformista “Hayat-e No”, dirigido por Hadi Khamenei, irmão do líder supremo da Revolução, aiatolá Ali Khamenei, sob a acusação de publicar informações que atentam contra a união nacional e promovem tensões políticas.

Segundo informa hoje outro jornal pró-abertura, o “Etemad”, o órgão supervisor da imprensa ordenou ontem lacrar as máquinas do diário, o quinto fechado desde a explosão dos protestos pós-eleitorais devido à suposta fraude na reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Em sua edição de terça-feira, a última antes do fechamento, a publicação destacava as manifestações do dia anterior, Dia dos Estudantes, que voltaram a ser reprimidas com violência pelas forças de segurança.

De acordo com o “Etemad”, após ordenado o fechamento, Hadi Khamenei, crítico de Ahmadinejad, advertiu que, embora haja diários censurados, a informação vai fluir através de outros meios na internet.

“O fechamento de um diário não é o fim do mundo. Quantos menos diários, haverá mais fontes na web e os leitores buscarão a informação, voluntariamente ou por obrigação, nas redes por satélite”, disse, segundo o “Etemad”.

Esta é a segunda vez que as autoridades iranianas fecham o “Hayat-e No”. A primeira foi em 2002, após a publicação de uma caricatura que aparentemente insultava o fundador da República Islâmica, grande aiatolá Ruhollah Khomeini.

O próprio “Etemad” e os jornais reformistas “Aftab-e Yazd” e “Asrar” também foram advertidos de fechamento pelo Ministério da Cultura e Orientação Islâmica.

A imprensa internacional também está proibida de noticiar as manifestações convocadas pelos grupos de oposição. Logo após explodir as manifestações, reprimidas com violência pelas forças de Segurança, foi fechado o diário do principal candidato derrotado, Mir Hussein Moussavi.

Desde 2000, as autoridades judiciais iranianas censuraram dezenas de publicações e prenderam vários jornalistas, estrangeiros e locais, tendência que se intensificou com a chegada de Ahmadinejad ao poder, em 2005.

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