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Itamaraty: Possível avaliação de Hamas como grupo terrorista será debatida no Conselho da ONU

Na avaliação, o Brasil segue o que é determinado pela ONU, que não classifica o Hamas como um grupo terrorista

Redação Jornal de Brasília

11/10/2023 11h57

Membros das Brigadas al-Qassam, ala militar do Hamas, em Gaza – AFP/Arquivos

O embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, secretário da África e do Oriente Médio, disse que uma possível classificação do Hamas como “grupo terrorista” pelo Brasil será debatida no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Na avaliação, o Brasil segue o que é determinado pela ONU, que não classifica o Hamas como um grupo terrorista.

“Os desdobramentos políticos de um conflito, como o conflito em Israel-Palestina, é algo que está sendo tratado no Conselho de Segurança e, no momento, no mês de outubro, presidido pelo Brasil, essas questões serão objeto de consideração no âmbito do Conselho de Segurança”, disse o embaixador, em coletiva realizada nesta quarta-feira, 11, no Palácio do Itamaraty.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem sendo criticado por falta de uma posição e condenação enfática do governo federal contra o grupo terrorista. Apesar das críticas recebidas, Sobral afirmou que o governo apresentou uma posição “muito clara e muito forte” ao condenar os atos terroristas e o terrorismo.

“O Brasil, logo em seguida a esses ataques, os condenou e o presidente da República logo em seguida também condenou atos terroristas e repudiou o terrorismo, ainda mais no caso de ataques à população civil”, disse. “O Brasil está tratando do assunto no âmbito político no Conselho de Segurança e tem as suas posições ali.”

No domingo, 8, o Brasil convocou uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU para tratar sobre os ataques de Hamas contra Israel. Sobral disse que, por enquanto, ainda não há indicação de uma nova reunião do Conselho, mas que o embaixador Sérgio França Danese, representante permanente do governo brasileiro junto à ONU, está engajado em fazer consultas com os membros do Conselho de Segurança para “obter consensos”.

Estadão Conteúdo

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