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Mundo

Itália e Canadá suspendem pagamentos à ONU após acusações em Gaza

Líderes suspeitam de que membros da agência da ONU tenham envolvimento no ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro

Redação Jornal de Brasília

27/01/2024 10h42

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

A Itália e o Canadá se juntaram aos EUA e à Austrália e interromperam o financiamento para a agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês). A decisão acontece após a demissão de funcionários do órgão por suposto envolvimento nos ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro.

O governo italiano anunciou suspensão em publicação nas redes sociais. “Estamos suspendendo o financiamento da UNRWA após o ataque atroz a Israel em 7 de outubro”, escreveu o ministro das relações exteriores, Antonio Tajani, no X (ex-Twitter).

O Canadá tomou a mesma decisão até que se saiba mais sobre as acusações. “O Canadá está levando esses relatos extremamente a sério, e estamos acompanhando de perto a UNRWA e outros doadores nessa questão”, disse o ministro de desenvolvimento internacional do país, Ahmed Hussen.

Funcionários da UNRWA foram demitidos após serem acusados de envolvimento com o Hamas no ataque a Israel em 7 de outubro. O chefe da agência, Phillipe Lazzarini, anunciou que abriu uma investigação para “estabelecer a verdade” o quanto antes.

EUA e Austrália também suspenderam pagamentos à UNRWA enquanto examinam as acusações. “O trabalho da UNRWA salvou vidas, e é importante que a agência aborde essas acusações e tome todas as medidas corretivas adequadas”, disse o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken.

A crise amplia tensão entre o governo de Israel e a cúpula da ONU, acusada pelo país desde o começo da guerra de não agir “de forma suficiente” contra o Hamas. Em 7 de outubro, combatentes do grupo extremista mataram 1.140 israelenses e sequestraram outros 250.

Em resposta, Israel iniciou uma ofensiva na Faixa de Gaza que deixou mais de 26 mil mortos, segundo o último boletim do Ministério da Saúde da Palestina, divulgado hoje.

O ministro das Relações Exteriores do país, Israel Katz, disse que o governo israelense quer que a agência da ONU interrompa as atividades no território palestino ao final da guerra.

O governo pretende garantir que “a UNRWA não será parte” da solução no território palestino após a guerra entre Israel e o Hamas, afirmou o ministro em um comunicado, no qual expressa o desejo de “interromper” todas as atividades da agência.

O Tribunal Penal Internacional, em Haia, determinou na sexta (26) que Israel “previna e puna o incitamento direto ao genocídio na Faixa de Gaza”, e “tome todas as medidas ao seu alcance para evitar atos de genocídio” na região. Embora o anúncio tenha peso político, Haia não tem meios para implementar sua decisão.

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