Menu
Mundo

Israel usou bombas proibidas em guerra no Líbano, diz jornal

Especialistas confirmam indícios de bombas de fragmentação usadas por Israel em áreas do sul do Líbano

Redação Jornal de Brasília

19/11/2025 13h54

Bombardeio no Líbano. Foto: Mahmud Hams/ AFP

UOL/FOLHAPRESS

Fotos feitas por correspondentes do jornal britânico “The Guardian” mostram restos do que seriam bombas de fragmentação usadas por Israel no conflito recente com o Líbano. Esse tipo de munição é amplamente proibido por suas consequências.

Especialistas diferentes analisaram as imagens e confirmaram suspeita. Os fragmentos foram encontrados no sul do rio Litani, nos vales de Zibqin, Barghouz e Deir Siryam.

Fragmentos são os primeiros indícios de uso desse tipo de munição. Segundo a reportagem, Israel ignora a proibição há cerca de 20 anos, tendo usando o artefato na guerra do Líbano em 2006.

A bomba de fragmentação é proibida pelo efeito de expansão territorial destrutiva. Também chamadas de munições de fragmentação, elas são invólucros que, ao explodirem, liberam outras várias “mini-bombas”, aumentando consideravelmente o alcance e o poder de destruição.

Alto índice de falhas no acionamento. Mais de 40% das bombas de fragmentação usadas em campos de batalha não explodem no momento do impacto, o que cria territórios perigosos para civis, que podem, talvez, tropeçar em um dos objetos acioná-los acidentalmente. Um alto número de artefatos ainda não acionados encontrados no Líbano foram o estopim para criar a Cluster Munition Coalition (Coalizão de Munições de Fragmentação, em tradução livre).

Convenção regulamenta a proibição das bombas. Até o momento, já são 124 países signatários do acordo, que proíbe o uso, a produção e a transferência. Israel não integra o grupo, embora tenha criticado o Irã por usar esse tipo de munição no conflito deste ano.

Ao “The Guardian”, Israel não negou nem confirmou uso desse armamento. No entanto, o país afirmou que “usam apenas armas legais, em conformidade com o direito internacional e minimizando os danos aos civis”.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado