“Com os ultimatos e as ameaças, não se pode conseguir nada. Não vamos abandonar nosso direito a esta valiosa ciência”, disse o porta-voz, em sua entrevista coletiva semanal, em referência ao prazo limite imposto pelos Estados Unidos, que termina no final do ano.
O Irã e o grupo de negociadores (formado por EUA, França, Rússia, China, Reino Unido e Alemanha) retomaram o diálogo sobre o programa nuclear iraniano em 1º de outubro, em Genebra.
Quase três semanas depois, Paris, Moscou e Washington ofereceram a Teerã, em Viena, um acordo para enriquecer seu urânio no exterior e recuperá-lo tempo depois, que a princípio foi rejeitado pelo regime dos aiatolás.
A este respeito, Mehmanparast responsabilizou o grupo pelo fato de a negociação em Viena ter ficado interrompida, e ressaltou que seu país está disposto a prosseguir.
“Naquela negociação, foram tratadas duas questões: a troca de combustível nuclear e o pacote de propostas do Irã. Anunciamos nossa disposição (de continuar), mas a outra parte ainda não fez isso”, criticou.
EUA, França, Alemanha, Reino Unido e inclusive Rússia expressaram seu apoio à possibilidade de impor novas sanções ao Irã se não houver um giro em sua postura nuclear até o fim de 2009.
Neste sentido, Mehmanparast afirmou que a sanções econômicas não só não prejudicaram ao Irã, mas o “fortaleceram ainda mais”.
Negou que houvesse dissensões dentro do regime sobre a questão nuclear e descartou um possível papel de mediação da Turquia, já que, segundo ele não existe ambiguidade na questão nuclear iraniana para a intermediação de outros países.