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Inflação na Argentina registra 6,3% em julho e acumula 60,2% em 2023

A variação interanual dos preços, revelada pelo Indec, chegou a 113,4% em julho, também uma das mais altas dos últimos 30 anos na Argentina

Redação Jornal de Brasília

15/08/2023 18h44

Foto: AFP

A inflação na Argentina foi de 6,3% em julho e acumula 60,2% desde janeiro, uma das mais altas do mundo, informou, nesta terça-feira (15), o Instituto oficial de Estadísticas (Indec).

O índice mensal foi muito similar ao de junho, de 6%, mas espera-se uma forte aceleração em agosto, após o Banco Central desvalorizar na segunda-feira o peso, a moeda argentina, em 18,3%.

A paridade oficial da moeda com o dólar foi estabelecida em 365 pesos, mas a cotação usada como referência pelos mercados e as empresas é a paralela, conhecida como ‘dólar blue’, que aumentou de 600 pesos na sexta-feira para 730 pesos nesta terça.

A variação interanual dos preços, revelada pelo Indec, chegou a 113,4% em julho, também uma das mais altas dos últimos 30 anos na Argentina.

O setor da economia que registrou o maior aumento em julho foi o das comunicações (12,2%), devido ao encarecimento dos serviços de telefonia e internet.

Seguiram-no, nesta ordem, os setores de lazer e cultura (11,2%), e bebidas alcoólicas e tabaco (9,0%).

A forte correção na taxa de câmbio foi a reação imediata ao resultado das eleições primárias de domingo, que deixou a coalizão governista Unión por la Patria (União pela Pátria) em terceiro lugar, com 27,3% dos votos, com vistas às presidenciais de 22 de outubro.

O ministro da Economia, Sergio Massa, é o candidato à Presidência desta coalizão.

O candidato mais votado nas primárias foi o economista ultraliberal e antissistema Javier Milei, com 30% dos votos. A coalizão opositora de centro direita Juntos por el Cambio (Juntos pela Mudança), teve 28,3% dos votos, distribuídos entre seus dois pré-candidatos: a ex-ministra da Segurança Patricia Bullrich e o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta.

A Argentina mantém um acordo creditício com o Fundo Monetário Internacional de 44 bilhões de dólares (cerca de R$ 219 bilhões, na cotação atual), no qual se comprometeu a aumentar as reservas internacionais e reduzir o déficit fiscal.

Espera-se que o FMI aprove, em uma reunião de sua diretoria em 23 de agosto, novos desembolsos de 7,5 bilhões de dólares (R$ 37,3 bilhões).

© Agence France-Presse

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