Menu
Mundo

Grupo de cientistas que investigava origens da covid é dissolvido nos EUA

Já no Estado norte-americano do Tennessee, um terceiro juiz federal bloqueou a ordem do governador, Bill Lee, que deixava as famílias optarem por mandar ou não os filhos para a escola com máscaras de proteção contra à covid-19

Marcus Eduardo Pereira

25/09/2021 18h27

Foto: Reuters/Lindsey Wasson/direitos reservados

Nos Estados Unidos, o professor da Universidade de Columbia Jeffrey Sachs informou que dispersou uma força-tarefa de cientistas que investigava as origens do covid-19, em favor de uma pesquisa mais ampla em biossegurança.

Sachs, presidente da comissão da covid-19 afiliada à revista científica Lancet, disse que encerrou a força-tarefa porque estava preocupado com as ligações entre a pesquisa e a EcoHealth Alliance. A organização sem fins lucrativos, com sede em Nova York, está sendo investigada por cientistas, membros do Congresso e outras autoridades desde 2020, por usar fundos dos EUA para estudos sobre coronavírus em morcegos em parceria com o centro de pesquisa Wuhan Institute of Virology, na cidade chinesa onde foi registrado o primeiro caso de covid- 19.

“Não queria uma força-tarefa tão claramente envolvida com uma das principais questões de toda essa busca pelas origens, que era a EcoHealth Alliance”, disse Sachs, que também é diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável na Columbia University.

Na França, uma pesquisa tem fornecido pistas potenciais sobre a origem do vírus. Pesquisadores do Instituto Pasteur, uma fundação francesa sem fins lucrativos, relataram recentemente a descoberta de três coronavírus em morcegos em cavernas no norte do Laos, perto da fronteira com a China, que se assemelham ao vírus pandêmico e podem infectar células humanas. As descobertas mostram que vírus semelhantes ao SARS-CoV-2 estão circulando na natureza e podem infectar pessoas que entrarem em contato com esses morcegos, de acordo com os pesquisadores.

Já no Estado norte-americano do Tennessee, um terceiro juiz federal bloqueou a ordem do governador, Bill Lee, que deixava as famílias optarem por mandar ou não os filhos para a escola com máscaras de proteção contra à covid-19. A decisão, proferida pelo juiz distrital dos EUA, Waverly Crenshaw, na sexta-feira (24), é o mais recente desenvolvimento na batalha legal em curso sobre a ordem de Lee, emitida em agosto.

As escolas do Estado registraram um aumento expressivo de infecções por coronavírus desde que a medida passou a valer e houve uma alta recorde no número de hospitalizações pediátricas pela doença. A determinação do juiz se aplica apenas ao condado de Williamson, uma região rica ao sul de Nashville. Também na sexta-feira, um juiz interrompeu a medida de Lee no condado de Knox. Uma semana atrás, outro juiz baniu a medida por tempo indeterminado após famílias argumentarem que a ordem executiva do governador colocava em perigo suas crianças. Como medida, algumas escolas fecharam as salas de aula, enquanto outras mudaram temporariamente para aulas virtuais.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado