A greve de professores e estudantes contra os cortes orçamentários do Governo na educação, que está sendo realizada nesta terça-feira na Espanha, ocorre sem o registro de graves incidentes e com um número de adesão desigual: 80%, segundo os sindicatos, e 20%, de acordo com o Executivo.
Em comunicado, o ministro de Educação, Cultura e Esportes, José Ignacio Wert, indica que a greve conta com o um respaldo de 40% dos professores em regiões como Aragão, Astúrias e Navarra, enquanto não chega a 4 % nas Canárias e em Galícia.
O sindicato Comissões Operárias (CCOO) aponta que a adesão em Madri foi de 62%, no ensino médio, e 75%, nas universidades. Em Andaluzia e Galícia, segundo os dados sindicais, a greve foi seguida por 90% dos professores e estudantes.
A greve de professores desta terça afeta todas as comunidades autônomas da Espanha com exceção do País Basco, Baleares e La Rioja, onde os sindicatos optaram por não aderir à greve no setor e programaram outras mobilizações para protestar contra os cortes orçamentários e os ajustes propostos pelo Governo.
A redução do orçamento da Educação em 21% no Orçamento Geral do Estado para 2012 e o decreto do Governo para racionalizar as despesas educativas – que pretende economizar mais de 3 bilhões de euros – foram os argumentos dos sindicatos para a convocação dessa greve.
No entanto, durante os últimos dias, o Governo alegou que se trata de medidas “excepcionais para uma situação excepcional”, enquanto o ministro da Educação reiterou que os sindicatos estão “falsificando” e “distorcendo” o conteúdo do decreto citado.