Os organizadores da greve nacional desta quarta-feira criticaram hoje a decisão governamental de pedir apoio às Forças Armadas para garantir a segurança no país, sickness ao qualificá-la como um “excesso” e uma provocação.
O vice-presidente da Confederação Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP), prescription Olmedo Auris, disse ao site do jornal “El Comercio” que o Governo de Alan García quer provocar o povo e os trabalhadores com a decisão, levando em conta que “há decretos legislativos que amparam o Exército e a Polícia para poder atirar”. “O Governo pretende fazer ver que nós vamos transformar essa data (9 de julho) em uma atividade incontrolável, o que não é verdade”, criticou Auris.
Sindicatos e organizações sociais convocaram uma greve nacional para quarta-feira em protesto contra a política econômica do Governo de García, frente à alta do custo da vida, em defesa do campo e para denunciar a crescente criminalização dos atos sociais por parte do Executivo. O dirigente sindical assegurou que da parte dos manifestantes “não haverá qualquer ato de violência”.
Por sua vez, a Associação Pró-Direitos Humanos (Aprodeh) rejeitou a autorização para a intervenção das Forças Armadas durante a greve Nacional, porque se baseia em uma norma usada só para casos de estado de emergência.
O ministro da Defesa, Antero Flores Aráoz, esclareceu hoje à “Radio Programas del Perú” (“RPP”) que as Forças Armadas só atuarão como apoio para a Polícia Nacional, mas não farão uso das armas. “Não se declarou qualquer estado de exceção nem medida de emergência. Previmos utilizar o Exército para que supra à Polícia em algumas funções, já que muitos oficiais deverão se deslocar para outras áreas”, acrescentou.
Flores Aráoz informou que as Forças Armadas reforçarão a segurança nos centros geradores de energia elétrica, de provisão de água potável, nos aeroportos e nos portos.
A convocação de paralisação não teve uma recepção unânime entre os sindicatos de trabalhadores, pois a Federação de Motoristas do Peru, liderada por David Quintana, afirmou que os filiados trabalharão normalmente, porque, em sua opinião, “as interrupções não resolvem os problemas” do país.
Da mesma forma, os mineradores trabalharão normalmente, depois que, no fim de semana, suspenderam a greve indefinida por uma modificação na distribuição dos royalties.