O Governo do Afeganistão reiterou hoje a acusação velada contra os serviços de inteligência do Paquistão de estarem envolvidos no atentado contra a Embaixada da Índia em Cabul, sildenafil que matou 41 pessoas nesta segunda.
“A sofisticação do ataque, o tipo de material utilizado e o alvo específico tem a marca de uma agência particular que vem realizando ataques similares dentro do Afeganistão”, disse o porta-voz da Presidência afegã, Humayum Hamidzada, em coletiva de imprensa.
Hamidzada acrescentou que por trás do atentado há “uma agência de inteligência particular”, mas não citou diretamente o país vizinho.
“Não vou falar mais. Acho que é bastante óbvio”, disse.
O Ministério do Interior do Afeganistão disse ontem que o ataque tinha sido feito por “terroristas em cooperação com serviços de inteligência da região”, em uma aparente alusão ao Paquistão.
Enquanto isso, o presidente afegão, Hamid Karzai, disse que o “abominável ato de terrorismo é obra de países que não desejam boas relações entre Afeganistão e Índia”, dois países com tensões com o vizinho em comum Paquistão.
Um total de 41 pessoas, a maioria civis, morreu ontem no atentado com carro-bomba contra a Embaixada da Índia em pleno centro de Cabul, o mais violento registrado este ano na capital afegã.
Consultada pela Agência Efe, uma fonte do Ministério de Relações Exteriores da Índia não quis fazer declarações sobre as acusações.
Não é a primeira vez que o Governo afegão responsabiliza o Paquistão de não se esforçar o bastante na luta contra o terrorismo e inclusive afirmou que os insurgentes cruzam a fronteira para cometer atentados no Afeganistão.
No dia 30 de abril, o chefe dos serviços de inteligência afegão, Amerullah Saleh, disse que tinha “provas sólidas” em seu poder que demonstram que a insurgência talibã utiliza solo paquistanês para atacar o Afeganistão.
Saleh fez as declarações após um atentado frustrado contra Karzai, em 27 de abril.
Este ano, mais de 1.800 pessoas morreram no Afeganistão por causa da violência.