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Mundo

Governo afegão acusa Paquistão de envolvimento em atentado

Arquivo Geral

08/07/2008 0h00

O Governo do Afeganistão reiterou hoje a acusação velada contra os serviços de inteligência do Paquistão de estarem envolvidos no atentado contra a Embaixada da Índia em Cabul, sildenafil que matou 41 pessoas nesta segunda.

“A sofisticação do ataque, o tipo de material utilizado e o alvo específico tem a marca de uma agência particular que vem realizando ataques similares dentro do Afeganistão”, disse o porta-voz da Presidência afegã, Humayum Hamidzada, em coletiva de imprensa.

Hamidzada acrescentou que por trás do atentado há “uma agência de inteligência particular”, mas não citou diretamente o país vizinho.

“Não vou falar mais. Acho que é bastante óbvio”, disse.

O Ministério do Interior do Afeganistão disse ontem que o ataque tinha sido feito por “terroristas em cooperação com serviços de inteligência da região”, em uma aparente alusão ao Paquistão.

Enquanto isso, o presidente afegão, Hamid Karzai, disse que o “abominável ato de terrorismo é obra de países que não desejam boas relações entre Afeganistão e Índia”, dois países com tensões com o vizinho em comum Paquistão.

Um total de 41 pessoas, a maioria civis, morreu ontem no atentado com carro-bomba contra a Embaixada da Índia em pleno centro de Cabul, o mais violento registrado este ano na capital afegã.

Consultada pela Agência Efe, uma fonte do Ministério de Relações Exteriores da Índia não quis fazer declarações sobre as acusações.

Não é a primeira vez que o Governo afegão responsabiliza o Paquistão de não se esforçar o bastante na luta contra o terrorismo e inclusive afirmou que os insurgentes cruzam a fronteira para cometer atentados no Afeganistão.

No dia 30 de abril, o chefe dos serviços de inteligência afegão, Amerullah Saleh, disse que tinha “provas sólidas” em seu poder que demonstram que a insurgência talibã utiliza solo paquistanês para atacar o Afeganistão.

Saleh fez as declarações após um atentado frustrado contra Karzai, em 27 de abril.

Este ano, mais de 1.800 pessoas morreram no Afeganistão por causa da violência.

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