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FMI afirma que mudança climática já causa impactos econômicos

Arquivo Geral

05/12/2007 0h00

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta quarta-feira que a mudança climática já causa impactos na economia, side effects principalmente pelas catástrofes que causa, buy information pills e anunciou sua cooperação na cúpula da ONU que acontece em Bali, na Indonésia.

“O FMI está avaliando as conseqüências da mudança climática, que tem um impacto negativo direto e pode ameaçar o equilíbrio fiscal das nações”, disse Takatoshi Kato, subdiretor-gerente do organismo.

Kato viajará para Bali, onde acontecerá a primeira participação de um diretor do FMI na Conferência da ONU sobre Mudança Climática. Na Indonésia, ele participará da reunião de Ministros de Finanças, no dia 11 de dezembro.

O subdiretor-gerente do FMI também assistirá ao Segmento de Alto Nível da 13ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, no dia 14 de dezembro.

Os negociadores que estão em Bali trabalham na confecção de um tratado que entrará em vigor após 2012, quando expira o atual Protocolo de Kyoto.

O FMI e o Banco Mundial (BM) demonstram suas preocupações com a defesa do meio ambiente com uma década de atraso. O Fundo deu hoje os primeiros sinais públicos de que considera o impacto da mudança climática grave.

Segundo Kato, entre os fatores que contribuem para este impacto estão “os custos econômicos particulares dos esforços para diminuir as emissões de carbono”, e “os riscos sociais incertos em função, principalmente, das mudanças climáticas a longo prazo”.

“O FMI está pronto para oferecer análise e assessoria bilateral e multilateral”, acrescentou o funcionário.

“Além disso, podemos fornecer nossa experiência para a formulação de medidas impositivas relevantes e para a busca por melhores investimentos dos recursos obtidos no mercado de carbono”, disse.

O subdiretor do Departamento de Análise do FMI, Charles Collyns, afirmou que “os desastres naturais chamaram” a atenção para a mudança climática, mas acrescentou que “até agora a resposta foi um pouco silenciosa”.

Kato acredita que os países-ilhas e as nações do Sul da Ásia, afetados nos últimos anos por desastres naturais “são os que estão neste momento mais preparados para encarar estes desafios”.

“A mudança climática está se tornando um assunto de política e decisões políticas”, acrescentou. “A comunidade internacional procura ferramentas analíticas e é aí que o FMI pode dar a sua contribuição”.

Michael Keen, assessor no Departamento de Assuntos Fiscais do FMI, disse que um dos assuntos em debate “é a credibilidade do mercado de carbono, já que demora para se comprovar se os preços são fortalecidos e isso atrairá mais investimentos”.

Em comunicado, o FMI assinalou que “a degradação climática a longo prazo e as mudanças na gravidade e na freqüência dos eventos meteorológicos extremos, junto com qualquer política que venha a ser adotada, provavelmente imporá custos sobre as economias e os orçamentos de muitos países”.

“Os desafios macroeconômicos, fiscais e financeiros potenciais derivados da mudança climática, apresentam assuntos que competem ao mandato e à perícia do FMI”, concluiu.

Kato disse que o FMI não tem “um cronograma específico, mas a partir do próximo ano dará início a uma discussão sobre o impacto fiscal” sobre os países, a medida que eles adotam políticas de uso mais eficiente da energia, de combate à poluição ambiental e de proteção de seus recursos naturais.

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