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Festival impulsionado por Janja no G20 é marcado por chuva e falta de informação

Aliança Global Festival Contra a Fome a Pobreza teve shows rápidos de artistas como Daniela Mercury e Zeca Pagodinho

Redação Jornal de Brasília

16/11/2024 18h49

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Público acompanha apresentações de samba no Aliança Global Festival, na praça Mauá – Reprodução/Lula no Youtube

YURI EIRAS
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)

O Aliança Global Festival Contra a Fome e a Pobreza, organizado pelo governo federal com ajuda da primeira-dama Janja, na praça Mauá, no Rio de Janeiro, funcionou nos três dias de G20 Social como complemento aos fóruns de debate, mas não emplacou como um evento à parte, segundo organizadores.

O festival foi atrapalhado pela chuva que caiu na região portuária do Rio na sexta-feira (15) e no sábado (16). O evento também foi marcado pela falta de informação sobre horários e ordem das atrações.

A avaliação de membros da organização do festival ouvidos pela reportagem é de que o evento não fracassou, mas que poderia ter sido melhor sem o tempo chuvoso.

Sem dar estimativa de público presente, eles afirmaram que a maior parte era formada por pessoas que já estavam circulando pelos fóruns do G20 Social, como membros de movimentos sociais, e que a adesão de visitantes não foi grande.

O primeiro dia de shows foi na quinta-feira (14). Janja foi a mestre de cerimônias do festival e encontrou um público que ocupou apenas um pedaço da praça Mauá, onde o palco foi montado. A intenção do evento, de acordo com a organização, foi promover engajamento e discussão sobre o combate à fome no mundo.

No discurso, Janja comparou o evento ao Live Aid, que reuniu artistas internacionais para fundos contra a fome na Etiópia, em 1985, ao festival pela libertação de Nelson Mandela na África do Sul, em 1988, e ao festival Lula Livre, em 2018, quando o hoje presidente ainda estava preso em Curitiba.

O festival foi apelidado de Janjapalooza, em referência ao Lollapalooza, mas a primeira-dama demonstrou irritação na sexta (15), quando uma pessoa na plateia gritou “Janjapalooza” no momento em que ela fazia um comentário sobre os shows, durante evento do G20 Social. “Não, filha, é Aliança Global Contra a Fome a Pobreza, vamos ver se consegue entender a mensagem”, disse.

A ministra Margareth Menezes (Cultura) também discursou nos dois dias.
Parte do público chegou à praça sem entender quais eram as atrações ou a ordem das apresentações.

Não havia placas de informação. Seguranças e policiais eram abordados diversas vezes com perguntas sobre horário e sobre a presença dos artistas, e não sabiam dizer.

De acordo com a organização do evento, 29 artistas se apresentaram nos três dias de festival. Na quinta, as principais atrações foram Daniela Mercury, com apresentação de cerca de 25 minutos, e Seu Jorge, que cantou três canções.

Apesar da chuva, a sexta teve público maior para ver Zeca Pagodinho, que cantou quatro músicas e abriu o segundo dia de festival. O público se dispersou após a apresentação do sambista, apesar de outras atrações que viriam, como Teresa Cristina.

O festival teve patrocínio de empresas como Banco do Brasil, BNDES, Caixa, Itaipu e Petrobras e pagou um cachê de R$ 30 mil aos artistas que se apresentaram na praça Mauá.

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