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Exército israelense admite que está inundando túneis do Hamas em Gaza

O Hamas também sequestrou aproximadamente 250 pessoas, das quais 132 são mantidas em Gaza, incluindo 28 que acredita-se terem morrido, segundo Israel

Redação Jornal de Brasília

30/01/2024 16h20

Foto: JACK GUEZ / AFP

O Exército israelense informou, nesta terça-feira (30), que estava despejando “grandes volumes de água” em túneis de Gaza para “neutralizar” o movimento islamista palestino Hamas, que os usa para atacar Israel.

A inundação dos túneis “faz parte das ferramentas mobilizadas (…) para neutralizar a ameaça da rede subterrânea de túneis do Hamas”, destacou o Exército em um comunicado.

A rede, apelidada de “o metrô de Gaza” pelas forças militares israelenses, contava com 1.300 túneis com mais de 500 km de extensão no início da guerra, de acordo com a academia militar americana West Point.

As Forças Armadas israelenses prometeram destruir esta infraestrutura em resposta ao ataque dos combatentes do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, no qual morreram cerca de 1.140 pessoas, segundo uma contagem da AFP com base em dados oficiais israelenses.

O grupo islamista também sequestrou aproximadamente 250 pessoas, das quais 132 são mantidas em Gaza, incluindo 28 que acredita-se terem morrido, segundo Israel.

Em resposta ao ataque do Hamas, o Exército israelense lançou uma vasta operação militar em Gaza que deixou pelo menos 26.751 mortos, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o último relatório do Ministério da Saúde, administrado pelo movimento islamista.

Segundo militares de Israel, o Hamas mantém muitos dos reféns escondidos na rede de túneis.

Em dezembro, alguns meios de comunicação israelenses relataram que militares estavam considerando inundar os túneis com água do mar bombeada do Mediterrâneo.

No entanto, especialistas alertaram que esta é uma opção perigosa que oferece riscos significativos aos civis sitiados em Gaza.

“Isto causará danos significativos à já frágil estrutura de água e esgoto em Gaza”, disse então a coordenadora humanitária da ONU para os Territórios Palestinos, Lynn Hastings.

Nesta terça-feira, o Exército israelense afirmou que foram tomadas as precauções necessárias para não “danificar as águas subterrâneas da região”.

A rede foi inicialmente utilizada para contornar o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza após a chegada do Hamas ao poder em 2007, permitindo a circulação de pessoas, bens e armas entre este território palestino e o Egito.

Após a guerra entre Israel e o grupo islamista em 2014, a rede de túneis foi expandida e o Hamas começou a utilizá-la para disparar foguetes contra Israel.

© Agence France-Presse

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