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EUA: senadores criticam Meta e TikTok por falta de responsabilidade com crianças e adolescentes

Zuckerberg, que recebeu muitas das perguntas mais incisivas, disse aos legisladores que há aspectos positivos nas interações das crianças nas plataformas da Meta

Redação Jornal de Brasília

01/02/2024 9h00

Foto: Reprodução/Getty Images

Mark Zuckerberg, da Meta Platforms, Shou Zi Chew, do TikTok, e outros CEOs de tecnologia enfrentaram críticas de senadores dos EUA nesta quarta-feira, 31, que disseram que as plataformas de mídia social devem ter mais responsabilidade legal quando crianças são prejudicadas online.

“Vocês têm sangue nas mãos”, disse o senador Lindsey Graham aos executivos durante uma audiência do Comitê Judiciário do Senado, arrancando aplausos de um público lotado que incluía muitos segurando fotos de crianças. A presença de famílias enlutadas conferiu à sessão de cerca de quatro horas uma carga emocional, à medida que os legisladores repetiam histórias de exploração sexual, suicídio e outros sofrimentos atribuídos às redes sociais.

Ao mesmo tempo, a sessão não parece levar a um resultado diferente das críticas anteriores do Congresso à indústria tecnológica, apesar de um consenso bipartidário de que as leis atuais não abordam adequadamente os danos causados às crianças nas plataformas. “Temos uma flagelação anual todos os anos”, disse o senador Thom Tillis, “mas nada muda materialmente”, criticou.

Zuckerberg no alvo

Zuckerberg, que recebeu muitas das perguntas mais incisivas, disse aos legisladores que há aspectos positivos nas interações das crianças nas plataformas da Meta. Ele também elogiou o investimento do Facebook no trabalho de segurança infantil, dizendo que a empresa foi além dos requisitos legais ao tentar remover material abusivo.

A Meta relatou cerca de 27,2 milhões de casos de material suspeito de abuso sexual infantil em suas principais plataformas ao Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas em 2022, muito mais do que qualquer outra empresa, de acordo com os dados do grupo sem fins lucrativos. Porém, a Meta anunciou planos para criptografar mensagens em suas plataformas, uma medida que bloqueará os sistemas de detecção automatizados responsáveis pela maioria de seus relatórios.

Zuckerberg foi questionado sobre documentos internos da Meta, divulgados na quarta-feira por dois legisladores, que mostram altos funcionários pedindo que a empresa invista em proteções adicionais para crianças em suas plataformas. Esses pedidos de recursos não foram atendidos, segundo procuradores-gerais do Estado.

Um porta-voz da Meta disse que os documentos “não fornecem o contexto completo de como a empresa opera ou quais decisões foram tomadas” e observou que o depoimento escrito de Zuckerberg para a audiência disse que a empresa gastou US$ 5 bilhões em segurança e proteção no ano passado.

Estadão Conteúdo

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