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Mundo

EUA querem mais pressão do Conselho de Segurança contra regime sírio

Arquivo Geral

10/08/2011 17h37

 A embaixadora americana na ONU, Susan Rice, assinalou nesta quarta-feira que os Estados Unidos apostam que o Conselho de Segurança da organização aumente a pressão sobre o presidente da Síria, Bashar al Assad, pela violenta repressão exercida contra os manifestantes, apesar da condenação internacional.

 


“Já é hora de todos os membros do Conselho de Segurança colocar em primeiro lugar os interesses do povo sírio, e não seus assuntos ou interesses bilaterais”, declarou categoricamente o diplomata aos jornalistas, antes do início da nova reunião que o principal órgão internacional de segurança realiza nesta quarta-feira sobre a Síria.


Rice ressaltou a importância de que “o Conselho continue enviando a clara mensagem de que o que ocorre na Síria é inaceitável e deve acabar”. Ela disse que todos os membros do órgão ficaram “comovidos” diante da “intensificação da violência contra os civis sírios”.


Em meados de março, eclodiram protestos em várias cidades da Síria para exigir reformas democráticas que, desde então, têm sido duramente reprimidos pelas forças de segurança.

A embaixadora americana reconheceu que não espera que o Conselho de Segurança se pronuncie formalmente nesta quarta-feira após a reunião que mantém no momento sobre o assunto, na qual se estima que receba um relatório por parte do secretário-geral do organismo, Ban Ki-moon, sobre o estado da situação na Síria.


Fontes diplomáticas disseram também não esperar ações concretas do Conselho de Segurança nesse encontro, que, no entanto, servirá para conhecer as opiniões de todos seus membros sobre o que ocorre na Síria e sobre a possibilidade de que o órgão dê mais passos para pressionar Damasco.


A reunião se celebra justo uma semana depois de o Conselho de Segurança condenar pela primeira vez – e após meses de impasse – a violência exercida por Damasco sobre os manifestantes, em uma declaração que, no entanto, não teve o status de resolução.


“Trabalhamos com outros membros do Conselho para tentar fazer com que o tema sírio ocupe um lugar relevante em nossa agenda de trabalho”, indicou Rice, que qualificou de “absolutamente inaceitável” o comportamento de Assad.

“Ele perdeu toda a legitimidade e é parte do passado. O povo da Síria estaria muito melhor sem ele. Olhamos para o futuro e esperamos encontrar o apoio necessário em favor do povo sírio, que tem as mesmas aspirações democráticas que vimos em outros lugares do mundo”, acrescentou.

As delegações de Rússia e China, apoiadas por Índia, Brasil e África do Sul, se opuseram repetidamente a que o Conselho de Segurança emitisse uma condenação como queriam os membros europeus e Estados Unidos, algo que finalmente conseguiram no último dia 3, quando foi acordada uma declaração presidencial contra Damasco.

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