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EUA amplia análises contra a indústria petrolífera do Irã por ataques a Israel

As empresas afetadas têm sede principalmente na China, mas também há dois dos Emirados Árabes Unidos e uma da Libéria

Redação Jornal de Brasília

11/10/2024 17h04

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Foto: IBRAHIM AMRO/AFP

Os Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira (11), uma série de novas avaliações ao setor de petróleo e petroquímica do Irã, “em resposta ao ataque de 1º de outubro contra Israel, o segundo ataque direto neste ano”.

Segundo um comunicado do Departamento do Tesouro, as avaliações afetaram todo o setor, assim como cerca de 20 navios e empresas com sede no exterior, todos acusados ​​de estarem envolvidos no transporte de petróleo e materiais petroquímicos iranianos.

As empresas afetadas têm sede principalmente na China, mas também há dois dos Emirados Árabes Unidos e uma da Libéria.

Os proprietários dos navios, com sede principalmente no Panamá, Malásia e Ilhas Marshall, também estão na mira de Washington.

De acordo com o Departamento do Tesouro, o objetivo das medidas é aumentar a pressão financeira sobre Teerã e “limitar a capacidade do regime de obter os recursos necessários para desestabilizar a região e atacar os parceiros dos Estados Unidos”.

“As avaliações de hoje visam os esforços do Irã para destinar os recursos gerados por sua indústria energética ao financiamento de atividades mortais e perturbadoras, com sérias consequências para a região e o mundo”, declarou a Secretária do Tesouro, Janet Yellen, citada no comunicado.

As sanções implicam o congelamento dos ativos que as empresas sancionadas possuem direta ou indiretamente nos Estados Unidos e proíbem as companhias com sede nos Estados Unidos ou os cidadãos americanos de negociarem com eles, sob pena de também serem sancionados.

As avaliações também dificultaram o comércio para as empresas afetadas, ao limitarem sua capacidade de utilização do dólar em suas transações.

No dia 1º de outubro, o Irã lançou cerca de 200 mísseis contra Israel como retaliação pelos assassinatos do líder do movimento palestino Hamas em Teerã, atribuído a Israel, e do chefe do grupo libanês Hezbollah e de um general da Guarda Revolucionária Iraniana em um ataque israelense próximo a Beirute.

Israel prometeu responder e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, anunciou na quarta-feira que o futuro ataque será “letal, preciso e surpreendente”.

Washington, no entanto, tenta limitar a magnitude da represália israelense para evitar uma conflagração generalizada no Oriente Médio.

© Agence France-Presse

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