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Mundo

Equipes de resgate ainda buscam desaparecidos de naufrágio nas Filipinas

Arquivo Geral

23/06/2008 0h00

As equipes de resgate retomaram hoje a busca de cerca de 800 pessoas desaparecidas após o naufrágio de uma embarcação na região central das Filipinas – castigada por um tufão que deixou quase 600 vítimas.


Dois dias após o desastre, dosage cinco embarcações da Guarda Costeira, treat guiadas por dois helicópteros, rastrearam as águas próximas às ilhas da província de Romblon, mas não encontraram sobreviventes.


No entanto, foram localizados nove corpos flutuando perto da ilha de Masbate, que fica a cerca de 60 quilômetros ao sudeste do ponto no qual aconteceu o acidente.


Ao mesmo tempo, mergulhadores da Marinha tentavam abrir buracos no casco da embarcação para entrarem em vários compartimentos na expectativa de que borbulhas de ar – que permitiriam que as pessoas a bordo sobrevivessem por algum tempo – tivessem sido criadas.


Entretanto, a esperança de encontrar sobreviventes dentro do navio diminuiu ainda mais após uma patrulha não encontrar nenhum sinal de vida ao abordar parte do casco do Princess of Stars que ainda aparece no mar.


“Batemos no casco para recebermos algum sinal caso ainda houvesse pessoas vivas. Infelizmente, não houve resposta”, declarou à imprensa o tenente-coronel Edgar Arevalo, porta-voz do comando regional da Marinha.


Na embarcação, de cerca de 24 mil toneladas e de propriedade da empresa filipina Sulpicio Lines, estavam 862 pessoas, incluindo os 111 tripulantes, e não 746, como havia informado o serviço de Guarda Costeira poucas horas depois de o acidente acontecer, a três quilômetros da ilha de Sibuyan.


De manhã, um grupo de 28 sobreviventes da embarcação foi encontrado perto de Mulanay, área da província de Quezon e cerca de 150 quilômetros ao sudeste de Manila, após conseguirem chegar à costa com o auxílio de um bote após uma travessia de mais de 24 horas, informou o chefe de Polícia Fidel Posadas.


Além disso, por volta do meio-dia outros dois sobreviventes, que colocaram coletes salva-vidas, foram encontrados em águas próximas à ilha de Romblon, noroeste de Sibuyan, e transferidos ao hospital local, explicou um porta-voz do serviço de Guarda Costeira.


Com os náufragos encontrados na segunda-feira já são 34 os sobreviventes e seis as vítimas fatais confirmadas pelo naufrágio do navio, que foi surpreendido no sábado passado pelo temporal causado pelo tufão “Fengshen” quando navegava rumo à ilha de Cebu.


É previsto que nas próximas horas um navio de guerra americano que zarpou da base militar de Okinawa, no Japão, se una às operações de busca das 822 pessoas que continuam desaparecidas.


Reynato Lanoría, um dos tripulantes, declarou a uma rádio local que observou cerca de 100 pessoas se lançarem ao mar ou subirem em botes salva-vidas antes de o navio começar a afundar.


Caso as mortes dos desaparecidos no naufrágio sejam confirmadas este será o acidente marítimo mais grave ocorrido nas Filipinas desde dezembro de 1987, quando cerca de 4.400 pessoas morreram no sul do país após uma embarcação se chocar contra um petroleiro no maior desastre da história da navegação comercial de viajantes.


Em terra firme, pelo menos 224 pessoas morreram e outras 374 estão desaparecidas em virtude das enchentes e dos deslizamentos provocados pelo tufão nas regiões do centro e do sul do arquipélago formado por cerca de 7 mil ilhas, informa a Cruz Vermelha filipina.


Na ilha de Negros, que juntamente com a província de Iloilo é uma das áreas mais afetadas da região central, o número de pessoas desaparecidas subiu para 200, e cerca de 63 mil foram retiradas de suas casas por causa das inundações e do risco de novos deslizamentos de terra.


Em uma videoconferência realizada dos Estados Unidos, onde está em visita oficial, a presidente filipina, Gloria Macapagal Arroyo, ordenou que seu Gabinete examinasse a situação causada pelo tufão, que segundo os primeiros cálculos causou danos à infra-estrutura e à agricultura no valor de US$ 38 milhões.


O “Fensghen” se afastou na última segunda da ilha de Luzon, no norte das Filipinas, em direção ao sul da China a uma velocidade de 15 km/h, informam os meteorologistas filipinos.


Na capital filipina, onde o temporal causou cortes de energia elétrica e arrancou árvores em várias áreas da região metropolitana, os colégios continuam sem aulas.


 

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