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Embaixador palestino na ONU pede condenação por mortes em distribuição de ajuda em Gaza

“Este massacre atroz é um testemunho de que, enquanto a ONU estiver paralisado e vetado, isso está ceifando a vida do povo palestino”, afirmou

Redação Jornal de Brasília

01/03/2024 12h23

Foto: MOHAMMED ABED / AFP

O embaixador palestino na ONU pediu nesta quinta-feira (29) ao Conselho de Segurança que condenasse a morte de mais de 100 pessoas na Faixa de Gaza, depois de um episódio caótico durante uma operação de distribuição de alimentos no território.

“O Conselho de Segurança deveria dizer basta”, declarou Riyad Mansour aos jornalistas.

As forças israelenses abriram fogo contra palestinos que tentavam conseguir ajuda alimentar em uma confusão na qual, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo grupo islamista Hamas, 112 pessoas morreram e 760 ficaram feridas.

“Este massacre atroz é um testemunho de que, enquanto o Conselho de Segurança estiver paralisado e vetado, isso está ceifando a vida do povo palestino”, afirmou.

Como um dos cinco membros permanentes do Conselho de 15 membros, os Estados Unidos dispõem de um direito de veto que, como maiores aliados de Israel, exerceram em três ocasiões até agora para impedir a aprovação de resoluções pedindo um cessar-fogo imediato no território palestino.

Mansour disse que se reuniu mais cedo nesta quinta-feira com a embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield.

“Implorei-lhe que o Conselho de Segurança deve produzir um produto de condenação desta matança e punir os responsáveis por este massacre”, contou.

Se o Conselho de Segurança tiver “coragem e determinação para impedir que estes massacres se repitam, o que precisamos é de um cessar-fogo”, afirmou Mansour.

O Conselho de Segurança se reuniu em caráter de urgência na tarde desta quinta-feira, a portas fechadas, para tratar dos fatos ocorridos durante a manhã no norte de Gaza, a pedido da Argélia.

O incidente desta quinta se soma ao total de mortes de palestinos que, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, superou 30.000, a maioria mulheres e crianças.

A guerra começou em 7 de outubro com um ataque sem precedentes do Hamas que causou a morte de cerca de 1.160 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo números israelenses.

© Agence France-Presse

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