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Mundo

Embaixada dos EUA na Rússia alertou sobre possível ataque em Moscou

Embaixada anunciou que estava monitorando relatos de que extremistas tinham planos para atingir aglomerações

Redação Jornal de Brasília

22/03/2024 18h20

Uma vista mostra a sala de concertos Crocus City Hall em chamas após o tiroteio em Krasnogorsk, nos arredores de Moscou, em 22 de março de 2024. – Homens armados abriram fogo em uma sala de concertos em um subúrbio de Moscou em 22 de março de 2024, deixando mortos e feridos diante de um major o fogo se espalhou pelo prédio, relataram o prefeito de Moscou e agências de notícias russas. (Photo by STRINGER / AFP)

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

A embaixada dos Estados Unidos na Rússia havia alertado em 7 de março sobre um possível ataque em locais públicos de Moscou.

Embaixada anunciou que estava monitorando relatos de que extremistas tinham planos para atingir aglomerações. O texto foi publicado no site da representação diplomática. O alerta foi emitido horas após o Serviço Federal de Segurança da Rússia ter frustrado um ataque a uma sinagoga em Moscou por uma célula do grupo Estado Islâmico.

O governo dos EUA chegou a indicar que concertos poderiam estar entre os alvos. O alerta tinha validade de 48 horas. “Os cidadãos dos EUA devem ser aconselhados a evitar grandes reuniões”, disse a embaixada há duas semanas.

O texto indicava ações a serem tomadas. “Evite multidões, monitore a mídia local para atualizações e esteja ciente do que está ao seu redor”.

ATAQUE DEIXOU AO MENOS 40 MORTOS

Um tiroteio e uma série de explosões no Crocus City Hall, uma casa de shows na região de Moscou.
Ao menos 40 pessoas morreram, segundo a imprensa russa. Cerca de cinco pessoas com trajes camuflados invadiram a casa de espetáculos e dispararam indiscriminadamente.

Em vídeos publicados nas redes, as pessoas aparecem tentando fugir do prédio. Ao fundo, é possível ouvir metralhadoras. Os relatos começaram a surgir por volta das 20h15 (horário local).

Também foram relatadas explosões, que deixaram o prédio em chamas. Até 100 pessoas podem estar presas no prédio, segundo o canal da Crocus no Telegram.

Centenas de pessoas aguardavam uma apresentação do grupo Picnic quando o ataque começou. Os músicos da banda, porém, não ficaram feridos, relatam os serviços operacionais russos.

O telhado da casa de espetáculos começou a desabar por volta das 20h47. Os bombeiros não puderam iniciar a extinção do incêndio devido à ameaça à vida das pessoas que ainda estão no prédio, informou o site de notícias Fontanka. Helicópteros estão sendo enviados ao local para extinguir o fogo de forma menos arriscada, informou o Diário de Notícias.

Cerca de 50 ambulâncias foram enviadas ao local. O Departamento de Transportes informou que a estação Myakinino, próxima à Crocus, está aberta para entrada e saída de passageiros.

A Rússia anunciou que abriu uma investigação sobre “atentado terrorista” após o ataque a tiros em Moscou.

Prefeitura de Moscou cancelou todos os eventos públicos deste fim de semana. O governador da região de Moscou, Andrey Vorobyov, foi até o local do ataque: “Fui até o local. Uma sede operacional foi criada.

Todos os detalhes virão mais tarde”, afirmou, em seu canal do Telegram.

Segunda explosão. Uma segunda explosão foi ouvida na casa de shows, perto de Moscou, local onde já havia ocorrido o tiroteio mais cedo, informaram agências de notícias.

UCRÂNIA NEGA ENVOLVIMENTO

A Ucrânia, que está em guerra contra a Rússia, negou envolvimento com o ataque. A Casa Branca corroborou o posicionamento e disse que “não há nenhuma indicação neste momento” do envolvimento ucraniano. A sede do governo dos EUA também disse que as imagens do tiroteio são “horríveis e difíceis de assistir”.

O ex-presidente russo Dmitri Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança, disse que o governo “eliminará” líderes ucranianos, caso o envolvimento seja confirmado. “Se ficar estabelecido que se tratam de terroristas do regime de Kiev (…), serão localizados e destruídos sem piedade, como terroristas. Inclusive os dirigentes do Estado que cometeu semelhante atrocidade”.

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