Um dirigente do Hamas declarou nesta quinta-feira (31) que o movimento palestino rejeita qualquer proposta de trégua de curta duração, após mais de um ano de conflito contra Israel em Gaza
“A ideia de uma trégua temporária na guerra, apenas para retomar a agressão mais tarde, é algo sobre o qual já expressamos nossa posição. O Hamas apoia o fim permanente da guerra, não um temporário”, declarou à AFP Taher al Nunu, um dirigente de alto escalão do movimento.
Os mediadores no conflito estão preparando uma proposta de trégua de “menos de um mês” para apresentar ao Hamas, disse à AFP na quarta-feira uma fonte que acompanhou a última rodada de contatos organizada em Doha, que terminou na segunda-feira.
Na reunião entre os chefes do Mossad israelense, da CIA americana e o primeiro-ministro do Catar, eles abordaram uma trégua de “curto prazo, de menos de um mês”, explicou a fonte sob a condição de anonimato.
A proposta também contemplaria a troca de reféns israelenses sob poder do Hamas por prisioneiros palestinos no Estado hebreu e um aumento da ajuda humanitária a Gaza, acrescentou a fonte.
“As autoridades dos EUA acreditam que, se um acordo de curto prazo puder ser alcançado, isso pode levar a um entendimento mais permanente”, acrescentou.
“Os funcionários do governo americano acreditam que, se for possível alcançar um acordo de curto prazo, isto pode levar a um entendimento mais permanente”, disse a fonte.
Taher al Nunu explico que o movimento palestino ainda não recebeu nenhuma proposta, mas acrescentou que o Hamas responderá assim que a oferta for enviada.
O dirigente, no entanto, reiterou as condições exigidas há vários meses pelo grupo: “um cessar-fogo permanente, a retirada (das tropas israelenses) de Gaza, o retorno dos deslocados, ajuda humanitária suficiente para Gaza e um acordo de troca de prisioneiros sério”.
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