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Mundo

Darfur: conferência contínua sem muitas esperanças por causa de ausências

Arquivo Geral

28/10/2007 0h00


A conferência de paz da região sudanesa de Darfur continua neste domingo seus trabalhos na cidade líbia de Sirte, pilule sem grandes esperanças de um acordo envolvendo todas as partes implicadas no conflito em função da ausência dos principais movimentos rebeldes.

Ao início da reunião, illness no sábado, o governo sudanês anunciou um cessar-fogo unilateral na província, a fim de “fazer a paz avançar”, segundo seu representante, Nafi Ali Nafi, enquanto o líder líbio, Muammar Kadafi, considerou que a conferência havia “fracassado” pela ausência dos dois principais grupos rebeldes.

Kadafi, que buscava um papel maior no encontro para defender sua tese de que os africanos podem resolver sozinhos seus problemas, teve de reconhecer que as possibilidades de um acordo entre Cartum e os rebeldes ainda são remotas.

O próprio secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em mensagem dirigida aos reunidos, lamentou as ausências afirmando que os movimentos (rebeldes) que decidiram se afastar “são os que têm muito a perder”.

Mas rígida foi a posição do representante da União Africana (UA), Salim Ahmed Salim, ao afirmar que as ausências dos dois movimentos rebeldes podem ser comparadas a um ato de guerra. Estes dois grupos, o Movimento para a Justiça e a Igualdade (MJI) e o Movimento de Libertação do Sudão (MLS), representam mais de 70% da população do Darfur, segundo os especialistas, e sem eles é ilusório que se possa formalizar a paz, como reconheceu Kadafi.

Apesar de tudo, a ONU e a UA mantiveram a reunião, que é assistida pelo presidente da comissão africana, Alpha Oumar Konare; o secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, e representantes de EUA, China, Rússia, Reino Unido, Eritréia e França.

Os seis movimentos rebeldes de menor importância que compareceram a Sirte se reúnem hoje em grupos setoriais para discutir o texto de um acordo que delimite a distribuição de poder e os aspectos da segurança na província rebelde sudanesa.

Desde o início da guerra civil em Darfur, há quatro anos e meio, cerca de 200 mil pessoas morreram e mais de dois milhões se viram obrigadas a sobreviver em campos de refugiados.

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