O organismo advertiu, na abertura da Cúpula das Nações sobre a Mudança Climática (COP15), que há casos de corrupção na perfuração de poços rurais na África Subsaariana, na construção de centrais de tratamento de águas em zonas urbanas na Ásia e nas usinas hidrelétricas na América Latina.
A ONG lembrou que, após as inundações na Índia em 2005, funcionários e empresas do estado de Bihar foram acusados de ter desviado cerca de US$ 2,5 milhões de fundos americanos de emergência.
Já nos EUA, US$ 2 bilhões destinados à ajuda humanitária para as vítimas do furacão Katrina também foram desviados.
A Transparência Internacional alertou que se esse padrões de conduta forem mantidos, a mudança climática pode mudar fundamentalmente o fluxo das chuvas e dos rios, aumentar o nível do mar e colocar em risco o abastecimento de água em muitas regiões.
A ONG também previu que “o mundo terá com mais frequência tempestades catastróficas, inundações e secas de incalculáveis consequências para a humanidade”.
Acrescentou que o risco de corrupção sob essas condições é muito alto, dada a competição que passa a existir sobre os recursos hídricos e que, para enfrentar este problema, é preciso sincronizar a luta contra a corrupção, a preservação da água e a proteção do meio ambiente, tanto em nível nacional quanto internacional.