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Coronavírus: casos aumentam pelo mundo e países tomam medidas

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, decretou na noite desta quinta-feira, 19, isolamento obrigatório em todo o país como forma de conter o novo coronavírus

Redação Jornal de Brasília

19/03/2020 23h26

A commuter wearing a facemask as a preventive measure against the spread of the COVID-19 coronavirus waits to board a train at Kashmere Gate station of the Delhi Metro, in New Delhi on March 12, 2020. – The number of novel coronavirus cases globally stood at 125,293, with 4,600 deaths, across 115 countries and territories by 0900 GMT Thursday, according to a tally compiled by AFP from official sources. (Photo by XAVIER GALIANA / AFP)

A Comissão Nacional de Saúde da China informou nesta quinta-feira, 19, que o país asiático registrou 39 novos casos de coronavírus e três novas mortes. Com isso, o total de pessoas infectadas pela doença na China continental chegou a 80.967 e o número de óbitos subiu para 3.248. No entanto, pelo segundo dia consecutivo, a China não registrou novos casos de transmissão local da doença.

Em comunicado, o órgão chinês afirmou, também, que há 104 casos suspeitos na China e que 71.150 pessoas já foram curadas. O documento informou, ainda, que há 17 casos da doença confirmados em Macau, 108 em Taiwan, com uma morte, e 208 em Hong Kong, com quatro óbitos.

EUA têm 10.442 casos de coronavírus e 150 mortes

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) informou nesta quinta-feira, 19, que o país tem 10.442 casos confirmados de coronavírus e 150 mortes decorrentes da pandemia. Entre os infectados, 290 viajaram para outros países e 310 mantiveram contato com pessoas que estiveram no exterior, mas ainda não foi possível identificar a origem da contaminação nas outras 9.842 pessoas.

Além disso, os EUA também têm 46 cidadãos com coronavírus que foram repatriados do cruzeiro Diamond Princess, que ficou em quarentena no litoral do Japão em fevereiro, e três infectados que foram repatriados de Wuhan, cidade chinesa que foi o epicentro da pandemia.

O número de casos confirmados do novo coronavírus na cidade de Nova York mais do que dobrou nesta quinta-feira, 19, para um total de 3.954. A quantidade de infectados avançou com rapidez após as autoridades locais iniciarem um esforço para ampliar o número de exames em casos suspeitos. O número de mortos por causa do vírus saltou de 15 para 26 em um dia.

Para tentar reduzir o avanço do novo coronavírus, o governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, ordenou nesta quinta que as empresas coloquem 75% dos empregados em trabalho remoto. Na véspera, Cuomo havia determinado que metade das equipes das companhias ficassem em casa.

Cuomo ainda pediu ajuda da gestão Donald Trump, especialmente para a obtenção de equipamentos de saúde. “Da mesma forma como precisamos de mísseis em guerras mundiais, precisamos de respiradores”, afirmou o governador.

O prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, fez o mesmo apelo ao governo federal. “Estamos vendo uma explosão no número de casos aqui na cidade de Nova York”, disse o prefeito. Se não receber ajuda para equipar os hospitais, “vamos ter um problema extraordinário na primeira quinzena de abril”, afirmou.

Argentina decreta isolamento obrigatório

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, decretou na noite desta quinta-feira, 19, isolamento obrigatório em todo o país como forma de conter o novo coronavírus. A medida passa a valer a partir da zero hora da sexta-feira, 20, e vai até 31 de março. O mandatário afirmou que as autoridades serão “inflexíveis” e estarão nas ruas controlando a circulação das pessoas. Segundo ele, haverá sanções para quem descumprir o decreto e não souber explicar o que está fazendo nas vias das cidades. A Argentina já confirmou 128 casos e registrou três mortes em decorrência do novo coronavírus.

“A partir desse momento, ninguém pode sair de sua residência, todos devem ficar em sua casa”, disse Fernández em pronunciamento transmitido pelo Twitter. “Estamos cuidando da saúde dos argentinos”, justificou. Ele disse que as pessoas poderão continuar saindo às ruas para “fazer o necessário”, como ir às compras em supermercados e farmácias, que permanecem abertos.

O decreto, segundo Fernández, é uma “medida excepcional” devido ao avanço da doença, mas que tudo será feito “dentro do limite do que a democracia permite”. Algumas atividades foram excluídas do novo decreto e permanecem em normal funcionamento: os trabalhadores dos governos, incluindo autoridades, as forças de segurança e armada e estabelecimentos de produção de alimentos, medicamentos, petróleo, refinaria e gás.

Com essas medidas, e pedindo a colaboração de toda a população, Fernández espera que se evite a propagação do vírus ou que ele se dissemine lentamente, em um nível que seja possível ao sistema de saúde atender a demanda. “Que cada um faça sua parte”, reforçou.

Fernández também anunciou a criação de um gabinete federal que, permanentemente, vai acompanhar a evolução da pandemia e os impactos econômicos da doença no país. Ele afirmou que as pessoas que vivem na informalidade terão normas.

O presidente argentino repetiu que é preciso tratar o assunto com severidade e que o motivo é cuidar da integridade física de todos. “Se ficarmos em casa, preservamos todos. Se preservamos todos, o contágio será menor. Se o contágio é menor, vamos sofrer muito menos como sociedade.”

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