O principal partido da oposição, o conservador Bharatiya Janata (BJP), acusou Sonia de exagerar nas críticas a Modi, a quem, sem citar nomes, a presidente do Partido do Congresso se refiriu como um “mercador da morte”.
A Comissão Eleitoral interveio hoje na questão e quer uma explicação de Sonia antes de terça-feira, segundo a agência de notícias Ians.
Modi, chefe de Governo em Gujarat, afirmou num outro comício que um muçulmano morto a tiros em 2005 por policiais antiterroristas hindus era “um homem que armazenava armas e munição”. Os seguranças suspeitavam que o homem iria cometer um atentado contra o político do BJP.
Ontem, Modi enviou uma resposta escrita à Comissão Eleitoral – que pedira explicações sobre suas declarações -, afirmando não ter dito que esse muçulmano teve o que merecia. Modi disse que comentara o caso em resposta a Sonia Gandhi, que o classificara de “mercador da morte”.
A disputa entre os dois abriu um novo debate sobre a violência inter-religiosa na região de Gujarat, que está em plena campanha eleitoral.
Modi, um hinduísta conhecido pelas reformas econômicas que realizou em seu estado, foi acusado de promover o massacre de quase dois mil muçulmanos na região sob controle de extremistas hindus em 2002.
Ontem, a organização Human Rights Watch pediu ao Governo indiano que abra uma investigação sobre as supostas execuções extrajudiciais na administração de Modi.