“Hoje será a data de nascimento de uma nova fase de cooperação: vamos enterrar o princípio doador-receptor”, afirmou o ministro de Assuntos Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn. “Vamos colaborar não apenas para o alcance do desenvolvimento, mas também em política energética e em assuntos internacionais”, disse Asselborn.
A cúpula, no entanto, está sendo marcada pela presença do presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, cujo regime é acusado de violar os direitos humanos e que, ao confirmar sua participação, motivou a ausência do primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown.
“Vamos iniciar uma mudança de natureza nas relações entre a UE e a África”, afirmou o comissário europeu para o Desenvolvimento e Ajuda Humanitária, Louis Michel, sobre o encontro.
“Será fortalecida a relação entre a UE e a África”, disse, por sua vez, a secretária de Estado do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional, Valerie Amos, que preside a delegação britânica e não fazer comentários a respeito de Mugabe.
Ontem, o presidente da Comissão Européia (CE, órgão executivo da UE), José Manuel Durão Barroso, já havia afirmado que a presença de Mugabe se tornara um dos temas mais polêmicos da cúpula. Com o encontro iniciado hoje, UE e África tentam lançar novas formas de cooperação nas áreas ambiental, energética, de comércio, de cooperação regional e de segurança. A previsão é que a cúpula termine com um plano de ação aprovado para o período de 2008 a 2010.