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China rejeita encontro com secretário de Defesa americano, colocando dúvidas na relação

A decisão da China de se reunir com alguns altos funcionários dos EUA, mas não com Austin e Li, parece ser uma escolha estratégica

Redação Jornal de Brasília

29/05/2023 19h27

Foto: Reuters

A China rejeitou um pedido dos EUA para uma reunião entre seus chefes de defesa à margem de um fórum anual de segurança em Cingapura no próximo fim de semana, disse o Pentágono na segunda-feira, 29, mostrando os limites de uma tentativa de reaproximação entre as duas potências rivais. A decisão da China de informar formalmente o Pentágono fecha a porta por enquanto para uma reunião entre o secretário de Defesa Lloyd Austin e Li Shangfu, o novo ministro da Defesa da China, que os EUA haviam proposto à margem do fórum anual de segurança Shangri-La Dialogue.

A rejeição da proposta também foi considerada uma mensagem extraordinariamente contundente, disseram autoridades de defesa dos Estados Unidos. No passado, essas reuniões aconteceram no último minuto, incluindo a reunião do ano passado entre Austin e seu então homólogo, que foi combinada horas antes.

A decisão da China ocorre após um esforço de semanas dos EUA para garantir uma reunião, incluindo uma carta de Austin para Li O declínio da China na reunião pode gerar preocupações entre os aliados do Sudeste Asiático, nervosos por serem pegos entre as duas potências, alertaram algumas autoridades dos EUA. Eles mantiveram aberta a perspectiva de uma reunião em Cingapura entre funcionários de nível inferior.

As relações entre Pequim e Washington estão tensas desde fevereiro, depois que os EUA derrubaram um suposto balão de vigilância chinês, advertiram Pequim contra armar a Rússia na guerra da Ucrânia e permitiram que a presidente de Taiwan pousasse nos EUA.

A decisão da China de se reunir com alguns altos funcionários dos EUA, mas não com Austin e Li, parece ser uma escolha estratégica, disse Zack Cooper, membro sênior do American Enterprise Institute, um think tank conservador. “Os chineses acreditam que têm mais influência ao lidar com autoridades que lidam com questões econômicas. Portanto, eles estão priorizando esses compromissos em detrimento dos que envolvem a segurança nacional”, disse Cooper.

Estadão Conteúdo

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