O chanceler chileno, Mariano Fernández, disse hoje que seu país deseja chegar a um acordo de investimentos com o Mercosul e destacou o grau de intercâmbio comercial com o bloco, apesar dos efeitos da crise global.
Ao discursar no plenário da 38ª Cúpula do Mercosul e países associados realizado hoje em Montevidéu, Fernández destacou a importância de avançar nas negociações da matéria, já que 51% dos investimentos chilenos no exterior estão em países do bloco, integrado Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Pelo contrário, os investimentos dessas nações no Chile “seguem sendo muito baixos”, disse Fernández.
O chefe da diplomacia chilena destacou que em 2008 os intercâmbios comerciais entre Chile e o Mercosul chegaram a US$ 17 bilhões, embora tenha reconhecido que no primeiro semestre deste ano diminuíram por efeito da crise global.
Fernández lembrou a condenação da comunidade internacional ao golpe de Estado em Honduras em 28 de junho e pediu que esta “unidade não se destrua por visões” opostas que surgiram após o pleito de 29 de novembro, em que foi eleito o conservador Porfirio Lobo.
Além disso, cumprimentou o triunfo eleitoral de José Mujica, no Uruguai, e expressou uma “calorosa felicitação” a Evo Morales por sua reeleição na Bolívia e o “impressionante resultado obtido”.