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Chefe da ONU pede acesso humanitário ‘duradouro’ em Gaza

“Precisamos de comida, água, combustível e medicamentos agora. São necessários em grande escala e de forma duradoura”, disse Guterres

Redação Jornal de Brasília

19/10/2023 17h04

Foto: Banco de Imagens

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu, nesta quinta-feira (19), no Cairo, a criação de um “acesso humanitário rápido e sem obstáculos” para levar ajuda a Gaza, instando um “cessar-fogo humanitário imediato” na guerra entre Israel e Hamas.

“Precisamos de comida, água, combustível e medicamentos agora. São necessários em grande escala e de forma duradoura”, disse Guterres. “Não se trata de uma pequena operação (…), os trabalhadores humanitários devem poder levar ajuda e distribuí-la de forma segura” na Faixa de Gaza, acrescentou em coletiva de imprensa.

Os caminhões que transportam ajuda humanitária para o enclave de 2,4 milhões de habitantes estão bloqueados há dias na passagem de Rafah, na fronteira com o Egito.

De acordo com o veículo egípcio AlQahera News, o ponto de passagem será reaberto nesta sexta-feira.

Após sua visita a Israel na quarta-feira e intensos contatos por telefone com o Egito, Biden divulgou que um número limitado de caminhões, “até 20”, cruzaria a fronteira.

Durante a coletiva de imprensa junto com o chefe da diplomacia egípcia, Sameh Shoukry, Guterres lembrou que “a proteção dos civis é fundamental” e que os ataques contra hospitais, escolas e infraestruturas da ONU vão “contra o direito internacional”.

Por um lado, os “palestinos têm reivindicações legítimas, mas não podem justificar ataques terroristas”, declarou. Por outro, “por mais atrozes que tenham sido esses ataques, não podem justificar o castigo coletivo” dos 2,4 milhões de palestinos que vivem em condições precárias em Gaza, acrescentou.

Mais de 1.400 pessoas, em sua maioria civis, morreram na ofensiva lançada contra o território israelense em 7 de outubro pelo movimento islamista palestino Hamas, que governa o enclave desde 2007, segundo o exército.

Desde então, Israel bombardeia diariamente a Faixa de Gaza. Mais de 3.785 pessoas morreram nos ataques, entre elas mais de 1.500 crianças, segundo o Ministério da Saúde palestino.

© Agence France-Presse

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