Durante a segunda parte da sexta sessão do CDH, que começará amanhã com um ato comemorativo pelo Dia Internacional dos Direitos Humanos e vai se estender por toda a semana, Sérgio Pinheiro falará da forte repressão à qual as autoridades militares birmanesas recorreram para conter uma onda de protestos iniciada por monges.
Desta maneira, o órgão dará continuidade ao trabalho que iniciou em setembro, quando promoveu uma sessão especial sobre a repressão contra as manifestações a favor da democracia em Mianmar.
A luta antiterrorista travada por Estados Unidos e Israel e a situação humanitária em Darfur serão outros temas que o Conselho de Direitos Humanos debaterá.
A ampla agenda de trabalho montada pelos 47 países-membros do CDH inclui, por exemplo, a leitura das análises do relator para a Promoção e a Defesa dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais na Luta contra o Terrorismo, Martin Scheinin, sobre Estados Unidos, Israel e África do Sul.
O mandato de Scheinin será um dos que vão ser revisados durante a semana, assim como o da relatora para o Sudão, Sima Samar, cujas observações não vêm agradando o governo sudanês.
A respeito da conflituosa região sudanesa de Darfur, os membros do CDH analisarão em que ponto se encontra a implantação das resoluções aprovadas pelas Nações Unidas para melhorar a situação na localidade.
Em suas primeiras observações, apresentadas na reunião de setembro do órgão, especialistas enviados à região destacaram a falta de progressos na situação dos direitos humanos e culparam o Executivo pela falta de punição para os estupros e outros crimes graves.