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Bombardeio de estação de trens ucraniana deixou ao menos 50 mortos, segundo novo balanço oficial

Estima-se que o número de vítimas pode aumentar, já que há 98 pessoas feridas, inclusive 16 crianças, vítimas dos horrores do ataque

Redação Jornal de Brasília

08/04/2022 12h12

Um ataque de míssil contra a estação ferroviária da cidade ucraniana de Kramatorsk deixou, nesta sexta-feira (8), ao menos 50 mortos, entre eles cinco crianças, segundo um novo balanço oficial ucraniano.

“Cinquenta mortos, entre eles cinco crianças. É o número atual de mortos pelo bombardeio realizado pelas tropas de ocupação russas em Kramatorsk”, escreveu no Telegram o governador da região de Donetsk, no leste da Ucrânia, Pavlo Kyrylenko.

Também estimou que o número de vítimas poderia aumentar, já que há 98 pessoas feridas, inclusive 16 crianças.

Kyrylenko disse que 38 pessoas morreram “no local” e 12 no hospital devido às feridas.

“O ocupante deve ser punido por seus crimes”, acrescentou.

Mais cedo nesta sexta, um repórter da AFP havia estado na estação. Naquele momento, havia centenas de pessoas à espera de um trem para deixar a região, ameaçada por uma ofensiva russa de grande envergadura.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou o ataque desta sexta como um ato de “maldade sem limites” por parte da Rússia.

“Como não têm força, nem coragem, para nos enfrentarem no campo de batalha, destroem, cinicamente, a população civil. É um maldade sem limites. E, se isso não for punido, não vai parar nunca”, declarou o presidente no aplicativo Telegram, denunciando os métodos “desumanos” das forças russas.

O Ministério russo da Defesa negou, por sua vez, ter lançado o ataque à estação de Kramatorsk, no leste da Ucrânia.

“Todas as declarações dos representantes do regime nacionalista em Kiev sobre o suposto ‘ataque com foguete’ realizado pela Rússia em 8 de abril na estação de trem da cidade de Kramatorsk são uma provocação e são absolutamente falsas”, disse o ministério, conforme comunicado divulgado pela agência de notícias RIA Novosti.

“Ressaltamos, de maneira particular, que os mísseis táticos Tochka-U, cujos fragmentos foram encontrados nos arredores da estação de Kramatorsk e (cujas imagens) foram divulgadas por testemunhas, são utilizados apenas pelas Forças Armadas ucranianas”, completou a nota.

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, condenou “com firmeza” o ataque e acusou a Rússia de querer “fechar as rotas de retirada” de civis.

“Condeno com firmeza o ataque cego desta manhã a uma estação em #Kramatorsk por parte da Rússia, que matou dezenas de pessoas e deixou muitos feridos”, tuitou Borrell.

“Trata-se de uma nova tentativa de fechar as rotas de retirada para aqueles que fogem desta guerra injustificada e de causar sofrimento humano”, acrescentou.

Na mesma rede social, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que é “horrível ver a Rússia atacar uma das principais estações usadas pelos civis que deixam a região onde a Rússia intensifica seu ataque”.

© Agence France-Presse

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