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Bolsas de NY fecham em alta, com salto de techs e sinalizações de membros do Fed

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta sexta-feira, 20, com o avanço das ações do setor de tecnologia potencializado

Redação Jornal de Brasília

20/01/2023 20h05

bandeira eua

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta sexta-feira, 20, com o avanço das ações do setor de tecnologia potencializado por declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em apoio a um aperto monetário mais brando nas próximas reuniões.

No ajuste de fechamento, o índice Dow Jones registrou alta de 1,00%, aos 33.375,49 pontos, o S&P 500 subiu 1,89% aos 3.972,61 pontos e o Nasdaq avançou 2,66%, aos 11.140,43 pontos.

Na quinta, a divulgação do balanço da Netflix após o fechamento das bolsas deu início ao fortalecimento das ações no setor de tecnologia. No 4º trimestre de 2022, a empresa teve um crescimento global de 7,6 milhões de assinantes. Nesta sexta, os papéis da Netflix fecharam o pregão em alta de 8,46%.

Segundo a Nord Research, os resultados são expressivos diante de um “cenário desafiador” no mercado de streaming. “Vemos a Netflix bem posicionada para 2023”, pontuou a Nord, destacando os planos da empresa de redução de custos e novas medidas para fazer frente à concorrência.

O aumento no apetite de risco dos investidores seguiu a divulgação de cortes no quadro de funcionários em algumas das maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos. Nesta sexta, a Alphabet, controladora do Google, anunciou corte de 12 mil empregos em todas as unidades. Somente nesta semana, Amazon e Microsoft também anunciaram eliminação de programas e cortes de funcionários para diminuir custos de operação. Alphabet, Amazon e Microsoft subiram 5,34%, 3,81% e 3,57%, respectivamente.

Analista da Oanda, Edward Moya acredita que a tendência reflete o temor de uma recessão na economia dos Estados Unidos e deve se espalhar por outros setores ao longo do ano, diminuindo pressões salariais e ajudando a inflação a retornar à meta estabelecida pelo Fed.

“Wall Street parece confiante de que essa recessão irá trazer a inflação completamente para baixo, influenciando o Fed a começar cortes de juros no próximo inverno”, observa Moya. Contudo, o analista alerta que essas expectativas ignoram sinalizações recentes de dirigentes do banco central de que, apesar de uma redução no ritmo, o aperto monetário deve continuar por mais tempo.

Em declaração nesta sexta, o diretor do Fed, Christopher Waller, ressaltou que “ainda temos um caminho considerável a percorrer em direção à nossa meta de inflação de 2%, e espero apoiar o aperto contínuo da política monetária”. Waller ainda defendeu o apoio a um aumento de 25 pontos-base na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), em 1º de fevereiro. Mais cedo, o presidente da distrital do Fed na Filadélfia, Patrick Harker, já havia reiterado que apoia tal elevação.

Estadão Conteúdo

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