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Biden visitará o Havaí após incêndios

O incêndio que destruiu a cidade de Lahaina, na ilha de Maui, foi o mais letal em mais de um século nos Estados Unidos

Redação Jornal de Brasília

16/08/2023 22h06

Foto: Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, viajará ao Havaí na próxima semana para se reunir com sobreviventes e socorristas, após os incêndios que deixaram mais de 100 mortos no arquipélago, anunciou nesta quarta-feira (16) a Casa Branca, enquanto eram divulgados os primeiros nomes de vítimas da tragédia.

O incêndio que destruiu a cidade de Lahaina, na ilha de Maui, foi o mais letal em mais de um século nos Estados Unidos. O governador do Havaí, Josh Green, alertou que o número de mortos (110) pode dobrar.

Apenas cinco vítimas foram identificadas. Funcionários do condado de Maui divulgaram dois nomes, após terem notificado as famílias: Robert Dyckman, 74, e Buddy Jantoc, 79, ambos de Lahaina. A família desse último o descreveu como músico que participou de uma turnê com Carlos Santana.

Uma equipe de peritos, alguns dos quais trabalharam no 11 de Setembro, viajou a Maui, enquanto os esforços para identificar os restos mortais se intensificavam. Autoridades do condado começaram a colher amostras de DNA de pessoas que têm familiares desaparecidos.

A presença de um grande número de turistas na ilha dificulta a situação e pode exigir uma rede muito maior para colher as amostras, apontou Adam Weintraub, da Agência de Gestão de Emergências do Havaí.

“Tive notícias de pessoas que dizem que desejam entregar o DNA, mas que não podem se deslocar até Maui. Vamos ter que estabelecer algum tipo de sistema em que as pessoas que possuem parentes que passavam as férias em Maui e não conseguiram entrar em contato com os mesmos possam comparecer a uma delegacia local” para entregar a amostra, disse Weintraub.

“Trata-se de uma operação de busca realmente difícil”, ressaltou hoje Deanne Criswell, administradora da Agência Federal para a Gestão de Emergências. “Os cães têm que enfrentar o calor e lidar com problemas em suas patas ao caminharem por vidros e escombros.”

Contêineres refrigerados foram instalados na ilha, na função de necrotério improvisado. Funcionários do Departamento de Saúde chegaram ao local para agilizar o processo de identificação das vítimas.

Comprometido com o estado

Biden e sua mulher, Jill, irão se reunir na próxima segunda-feira em Maui “com socorristas, sobreviventes e autoridades federais, estaduais e municipais”, anunciou a Casa Branca.

“Sigo comprometido a dar tudo o que a população do Havaí precisar enquanto se recupera desse desastre”, publicou o presidente americano na rede social X, antigo Twitter.

Em Lahaina, que tinha 12.000 habitantes antes da tragédia, mais de 2.000 prédios foram destruídos. O presidente Biden assinou uma declaração de catástrofe natural, para permitir a liberação de recursos às equipes de emergência e reconstrução.

A gestão da crise foi duramente criticada, e vários moradores disseram que se sentiram abandonados pelas autoridades.

Polêmicas e críticas

Mais de uma semana após o incêndio devastador, as autoridades de Maui tentam abrigar os sobreviventes que perderam quase tudo. Cerca de 2.000 alojamentos (quartos de hotel, estabelecimentos Airbnb ou de particulares) estão acessíveis de modo gratuito para os residentes por pelo menos 36 semanas.

As polêmicas e críticas em torno da gestão da catástrofe pelas autoridades, no entanto, não param de aumentar. Moradores afirmam que algumas equipes de bombeiros não conseguiram atuar rapidamente porque os hidrantes estavam secos ou com fluxo muito baixo.

Os incêndios ocorreram durante um verão marcado por eventos extremos no mundo, todos relacionados às mudanças climáticas, segundo especialistas.

© Agence France-Presse

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