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Biden diz que Netanyahu não faz o suficiente para conseguir acordo sobre os árbitros

A reunião de Biden com os negociadores sobre o acordo para a libertação dos refugiados surge depois da descoberta, no sábado, em Gaza, de seis refugiados mortos, incluindo um cidadão de nacionalidade americana

Redação Jornal de Brasília

02/09/2024 15h57

Foto: Mandel NGAN / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou, nesta segunda-feira (2) que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não está fazendo o suficiente para obter um acordo sobre a liberação dos árbitros em poder do grupo islâmico palestino Hamas desde 7 de outubro.

Questionado por um jornalista na Casa Branca — onde Biden se reuniu com negociadores americanos que atuam no conflito entre Israel e Hamas — se considera que o governante israelense estava fazendo o suficiente para obter o acordo, Biden respondeu: “Não”.

A reunião de Biden com os negociadores sobre o acordo para a libertação dos refugiados surge depois da descoberta, no sábado, em Gaza, de seis refugiados mortos, incluindo um cidadão de nacionalidade americana.

“O presidente Biden está arrasado e ofendido por este crime, e reafirmou a importância de que os dirigentes do Hamas sejam responsabilizados por ele”, indicou um comunicado da Casa Branca no final do encontro.

Biden e a vice-presidente Kamala Harris foram informados pelos negociadores sobre o andamento da proposta apresentada pelos Estados Unidos, Catar e Egito, acrescenta a nota.

Harris, que nas eleições de novembro buscará suceder Biden na presidência, declarou que o assassinato dos seis reféns foi “um ato bárbaro e brutal do Hamas”.

“Os dirigentes do Hamas pagarão por esses crimes. Já passei da hora de um cessar-fogo e um acordo de reféns. Precisamos trazer os reféns para casa e acabar com o sofrimento em Gaza”, escreveu o democrata no X.

Participaram da reunião o secretário de Estado, Antony Blinken, o diretor da CIA, William Burns, e o assessor de Segurança Nacional, Jake Sullivan, além de outros funcionários americanos.

Os Estados Unidos, juntamente com o Egito e o Catar, têm restrições há meses por uma troca de reféns e prisioneiros e por um cessar-fogo na guerra em Gaza.

Milicianos do Hamas fizeram 251 reféns durante o ataque de 7 de outubro no sul de Israel que desencadeou a guerra, 97 dos quais permaneceram em Gaza, 33 mortos deles, segundo o Exército israelense.

Dezenas de reféns foram libertadas durante uma trégua de uma semana em novembro.

© Agence France-Presse

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