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Mundo

Autoridades iranianas enforcam 6 pessoas

Arquivo Geral

24/01/2011 12h02

As autoridades iranianas executaram nesta segunda-feira seis homens – um deles em praça pública -, informou a imprensa oficial.

A Procuradoria Geral de Teerã afirmou em comunicado divulgado pela agência “Isna” que o homem executado em praça pública foi condenado por estupro, enquanto dois eram opositores e os outros três foram enforcados no início da manhã no pátio da prisão de Evin, no norte da capital, acusados de ter estuprado uma adolescente em 2007.

Com estas novas execuções, subiu para 51 o número de mortos por enforcamento no país desde o início do ano.

Omid Barak, de 24 anos, foi enforcado em um patíbulo instalado na praça central de Karaj, uma cidade-dormitório situada a cerca de 25 quilômetros da capital, após ter sido condenado à pena capital por assassinar, estuprar e roubar dez mulheres.

Esta é a segunda execução pública no Irã em menos de um mês.

A execução pública era um procedimento muito habitual no início da República Islâmica – fundada em 1979 – mas nos últimos anos tinha ficado restrita aos pátios das prisões para melhorar a imagem do país.

No entanto, no ano passado voltaram a ser registrados castigos físicos – como as chibatadas – e execuções nas ruas, como a realizada em novembro na cidade de Isfahan, no centro do país.

Os três enforcados nesta segunda-feira na prisão de Evin foram identificados como Ghavam Atakeshzadeh, Mostafa Karimi Khaneghah e Reza Dehghan, segundo a nota da Procuradoria Geral de Teerã.

Os dois opositores, Jafar Kazemi e Mohammad Ali Haj Aghaei, pertencentes ao grupo opositor no exílio Mujahedin Khalq, foram executados no pátio de uma prisão da capital.

Ambos tinham sido detidos em setembro de 2009, acusados de “estar vinculados a uma rede de conspiradores dirigidos a partir do Reino Unido, de distribuir propaganda proibida e de filmar e fotografar as propostas”, destacou nesta segunda-feira a televisão estatal.

Há algumas semanas, as autoridades iranianas enforcaram outro membro do Mujahedin Khalq, também detido após os protestos.

Milhares de pessoas foram detidas durante a repressão das mobilizações pós-eleitorais, nas quais cerca de 30 iranianos morreram, segundo os números oficiais.

Além disso, mais de 100 pessoas foram condenadas, inclusive à forca, por atentar contra a segurança nacional e participar de uma suposta conspiração para derrubar o regime.

Desde então, o Irã está imerso na pior crise social e política do país desde que em 1979 triunfou a revolução que depôs o último Xá da Pérsia, Mohamad Reza Pahlevi.

No Irã rege uma interpretação da Lei Islâmica que condena à pena capital os assassinos, estupradores, narcotraficantes e aqueles que atentem contra a lei de Alá e a República Islâmica.

Segundo as estatísticas da Anistia Internacional, o Irã – com mais de 300 enforcamentos por ano – é o segundo país do mundo em número de execuções, atrás apenas da China. EFE

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