As autoridades de Honduras diminuíram hoje as medidas de segurança na região da embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde se encontra o presidente deposto, Manuel Zelaya.
Desde hoje foi liberada a passagem de veículos pelas ruas a leste e a oeste da quadra onde fica a embaixada, informou à Agência Efe o porta-voz da Polícia Nacional hondurenha, Orlin Cerrato.
Cerrato acrescentou que agora só estão bloqueadas as duas entradas da rua da embaixada, onde Zelaya se encontra desde o dia 21 de setembro, quando voltou clandestinamente ao país após ser deposto.
Dezenas de policiais e militares seguem vigiando a embaixada, cuja entrada está bloqueada por blocos de cimento e cercas metálicas.
Cerrato assegurou que as razões principais da mudança foram “a comodidade dos moradores da região” – que reivindicavam a abertura pois tinham dificuldades para se moverem pela região – e os negócios estabelecidos na vizinhança, que praticamente tinham ficado sem clientes por conta dos bloqueios.
Também foi levada em conta a diminuição no número de manifestações por parte da frente de resistência que exigia a restituição de Zelaya, derrubado por um golpe de Estado no último dia 28 de junho.
Na quarta-feira passada o Congresso hondurenho rejeitou por grande maioria a volta de Zelaya ao poder. Logo após, a frente de resistência, que durante meses se manifestou nas ruas para exigir o retorno do presidente, anunciou que daria fim à mobilização.